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Eles Pazearam


Barão de Coubertin

Em meados do século 19 iniciaram-se investigações arqueológicas para achar a cidade perdida de Olímpia. Ela foi arrasada por um terremoto que deixou suas ruínas encobertas por lama e pedra, no século VI. O alemão J. J. Wincklemann, em 1870, iniciou várias escavações na Grécia e em 1871, detectou vestígios de ruínas gregas. Quatro anos depois, os arqueólogos britânicos encontraram Olímpia. A notícia se espalhou pela Europa e despertou um interesse pela vida da sociedade grega.

O francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, era um apaixonado por jogos e ficou fascinado com o comportamento dos gregos, que paravam suas guerras para participar dos Jogos Olímpicos. Coubertin então imaginou que uma versão moderna dos jogos faria com que a Europa renunciasse a uma guerra. Ficou convencido da idéia depois que assistiu aos Jogos Pan-Helênicos, em 1889. Esses jogos foram patrocinados por um milionário ateniense, major Evangelios Zapas, de 1870 a 1889, reunindo sempre 20 mil espectadores. O Barão levou seu projeto a nobres, universidades e ao governo francês, que comprou a idéia e patrocinou suas viagens de divulgação da proposta pelo mundo.

Repetindo um lema inspirado numa frase que escutara de um bispo norte-americano – “O importante não é vencer, mas competir” – o francês foi aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Prússia. Não obteve sucesso em suas primeiras visitas. Só em 1894 ele conseguiu reunir representantes de várias nações em uma pré-convenção olímpica, na Universidade de Sorbonne, em Paris. Dos 34 presentes, apenas 13 assinaram um compromisso formal garantindo a participação de seus países na Olimpíada de 1896. O rei da Grécia, George I, permitiu que Atenas sediasse o evento. A Grécia passava por uma crise e os gastos com a organização foram bancados por um milionário grego, o arquiteto Georgios Averoff, indicado por um descendente dos helenos, Dimetrius Vikelas.

As Olimpíadas ocorreram durante a primavera na Europa. No dia 6 de abril de 1896, estavam presentes 285 atletas representando 13 países. O sucesso do evento atraiu mais nações e estimulou Coubertin a criar o Comitê Olímpico Internacional (COI). O Barão foi presidente do COI por 29 anos. Ele morreu pobre e doente em Genebra, na Suiça, em 1937, aos 74 anos. Seu coração foi enterrado em Olímpia, onde tudo começou.

Betinho

No dia 09 de agosto de 1997, faleceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 61 anos, o sociólogo Herbert de Souza, ou simplesmente Betinho, como foi nacionalmente conhecido. Militante político nos anos 60, exilado pelo golpe militar de 1964, hemofílico, portador do vírus HIV adquirido por transfusão de sangue não fiscalizado com a devida responsabilidade por nossos governantes, Betinho foi o principal líder da campanha contra a miséria e a fome no Brasil.

Graças a essa campanha, iniciada a partir do Conselho de Seguridade Alimentar e sendo indicado por Lula como sua figura-símbolo, Herbert de Souza foi cercado por uma grande polêmica. Considerado por uns como sendo um ser humano solidário e repleto de virtudes, e por outros como sendo apenas mais um demagogo e sem real comprometimento frente ao problema, o “irmão do Henfil” acabou por levar ao conhecimento de uma nação desatenta uma questão crucial à realidade brasileira: existe, espalhado por todo o país, seja nas grandes cidades ou nos nossos sertões, uma legião de pessoas famintas e sem qualquer perspectiva na melhoria deste estado tão deplorável.


Sociólogo mineiro, nascido em 1935, seu nome completo era Herbert de Souza. Em 1993, articula a formação da Ação da Cidadania Contra a Miséria e pela Vida, mais conhecida como Campanha contra a Fome. No início da década de 60, é um dos fundadores da Ação Popular (AP), movimento revolucionário ligado à Juventude Universitária Católica que luta pela implantação do socialismo no Brasil. Assessor do Ministério da Educação no Governo João Goulart, após o golpe militar de 1964 passa sete anos na clandestinidade, atuando na AP, e oito no exílio (Chile, Panamá, Canadá e México).

Volta ao Brasil em 1979 e cria o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), organização não-governamental, suprapartidária e supra-religiosa. Ganha, em 1991, o Prêmio Global 500, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, pela sua luta por reforma agrária e defesa dos indígenas. Em 1993, articula a Campanha Contra a Fome, que, sem ajuda financeira do governo, em dois anos estabelece 5 mil comitês por todo o país e distribui toneladas de alimentos para a população carente. Por essa iniciativa, em 1994, o ex-presidente Itamar Franco indica Betinho para o Prêmio Nobel da Paz. No governo Fernando Henrique, torna-se membro do Conselho da Comunidade Solidária.

Hemofílico e portador do vírus da Aids, como seu irmão, o cartunista Henfil (1944-1988), escreve A Cura da Aids (1994), no qual afirma que a cura da doença é questão de tempo. Faleceu devido a fraqueza de seu. Seu último pedido, um copo geladinho de cerveja, foi realizado. O Brasil inteiro lamentou a perda de um de seus maiores heróis. 

Chico Mendes

A história de Chico Mendes já é parte da história da floresta amazônica e seus povos. Ele tornou-se um marco na mobilização em favor da justiça social e da preservação da natureza. Como a poronga que ilumina as estradas de seringa na mata, Chico apontou novos caminhos para os movimentos populares.

Lutou com seus companheiros, seringueiros e índios, pela defesa da floresta que ocupavam e utilizavam de maneira não predatória, e empregou formas de luta que, por sua originalidade e representatividade, deram aos movimentos de seringueiros uma repercussão ampla.

Suas propostas entraram em conflito com os interesses que pressupunham a devastação das florestas e a expulsão daqueles que nela vivem em harmonia com a natureza. Esses interesses, representados pela UDR e estimulados pela política econômica e social do governo na época, foram os responsáveis últimos pelo assassinato de Chico Mendes.

Francisco Alves Mendes Filho, seringueiro desde criança, dedicou praticamente toda a sua vida à defesa dos trabalhadores e povos da floresta. Participou da fundação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia e Xapuri, além da fundação do Partido dos Trabalhadores do Acre e do Conselho Nacional dos Seringueiros.

Chico Mendes reuniu em sua luta o trabalho sindical, a defesa da floresta e a militância partidária. Chico Mendes teve o seu trabalho reconhecido internacionalmente, sendo várias vezes premiado, inclusive pela ONU, que o distinguiu como um dos mais importantes defensores da natureza no ano de 1987.

Através de sua luta pela implantação das reservas extrativistas, Chico combinava a defesa da floresta com a reforma agrária reivindicada pelos seringueiros, contrariando grandes interesses, principalmente os dos latifundiários e da UDR. Em 22 de dezembro de 1988, foi assassinado.

Chico Xavier

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – ficou conhecido mundialmente por sua para-normalidade. Desde os quatro anos de idade já percebia a presença de espíritos de pessoas já falecidas que conversavam naturalmente consigo.

Embora semi-alfabetizado, tendo cursado apenas o primeiro grau escolar, aos 21 anos de idade, através de sua mediunidade, poetas conhecidos ditaram ao mundo suas poesias, para provar que a vida continua após a morte do corpo físico, o que atraiu a atenção dos literários e projetou o jovem médium no cenário nacional e internacional.

Sua mediunidade foi responsável pela edição de mais de 400 obras psicografadas, com mais de 25 milhões de exemplares vendidos, cujos direitos autorais de todos, sem exceção, foram doadas às Instituições Beneficentes ou à Federação Espírita Brasileira, para a divulgação dos conhecimentos espírita.

Segundo entendimento espírita, “fora da caridade não há salvação”, e Chico Xavier, foi modelo desta vivência, mostrando ao mundo um caminho de Paz.

Foi, sua abnegação na prática da ajuda humanitária, que o levou a ser eleito, no final do ano de 2000, o Mineiro do Século, concurso realizado pela Rede Globo de Televisão de Minas Gerais, onde concorreu, por votos populares espontâneos, com figuras ilustres como Alberto de Santos Dumont, Carlos Drummond de Andrade, Pelé, entre outros.

Abnegado servidor do Cristo, dormia de três a quatro horas por dia, tal a dedicação aos cidadãos menos favorecidos, e entre seus trabalhos de atendimento ao público, através de sua mediunidade e a psicografia, nas horas que deveriam ser usadas para o descanso, era visto nos “trilhos” (como eram conhecidas as favelas da periferia de Uberaba, onde passou a viveu desde 1959), atendendo às necessidades do povo que ali vivia.

Chico Xavier pedia aos ricos para distribuir para os pobres. Dizia que Jesus tinha compaixão daqueles que passavam por privações, e que ele, era apenas um instrumento de ajuda.

Aqueles que conviveram mais de perto com ele dizem que sua humildade era tamanha e sua luta para se tornar o menor de todos, tão sincera, que quanto mais ele se fazia o menor, maior se tornava perante a todos.

Dalai-Lama

Sua Santidade o 14.º Dalai Lama Tenzin Gyatso nasce em uma família de agricultores na aldeia de Takster, no leste do Tibet, com o nome de Lhamo Thondup. Aos 2 anos é reconhecido por monges como a reencarnação do Dalai Lama, autoridade máxima do Budismo Tibetano.

Os dalai lamas são tidos como reencarnações do príncipe Cherezig — o Avalokitesvara, o portador do lótus branco, que representa a compaixão. Tenzin Gyatso é considerado a 14.ª reencarnação do príncipe.

Aos 4 anos é separado da família, muda-se para o Palácio de Potala, em Lhasa, e é empossado como líder espiritual do Tibet. Passa, então, a se chamar Jampel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso. Após uma rigorosa preparação, que inclui o estudo do budismo, de história e filosofia, assume o poder político em 1950, ano em que o Tibet é ocupado pela China. Em 1959, depois do fracasso de uma rebelião nacionalista contra o governo chinês, exila-se na Índia.

Na época, Sua Santidade foi seguido por 80.000 tibetanos. Hoje, há mais de 120.000 no exílio. Desde 1960, o Dalai Lama reside em Dharamsala, Índia, conhecida como “Pequena Lhasa”, a sede do Governo Tibetano no exílio. Ganha o Prêmio Nobel da Paz de 1989, em reconhecimento pela sua campanha pacifista para acabar com a dominação chinesa no Tibet.

Sua Santidade costuma dizer, “Eu sou um simples monge budista — não mais, não menos”. Mora numa casa de campo em Dharamsala, Índia; acorda às 4 da manhã para meditar, em seguida põe em dia a sua agenda, dá audiências privadas e inicia os estudos religiosos e práticas cerimoniais. Ele termina o dia com muita oração.

Daisaku Ikeda

Nasceu em Tóquio, no dia 2 de janeiro de 1928. Formado pela Escola Superior Fuji na área de Estudos Econômicos, é atualmente presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI) – organização não-governamental das Nações Unidas, presente em 181 países e territórios.

Pacifista, filósofo, poeta laureado e escritor com obras traduzidas para mais de vinte línguas, é sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras desde 1992, ocupando a cadeira de nº 14.

Sob sua liderança, a SGI, organização não governamental filiada a ONU, tem efetuado extensas atividades de auxílio a refugiados e trabalhado vigorosamente na vanguarda de muitos movimentos para atrair a atenção para a situação ambiental e a importância dos direitos humanos. Além disso, há mais de 20 anos, Daisaku Ikeda envia anualmente propostas de paz às Nações Unidas, buscando auxiliar na solução dos problemas que afligem a humanidade.

Ikeda prossegue percorrendo o mundo, aplicando ativamente os princípios da filosofia budista aos problemas da humanidade e empenhando-se vigorosamente para trazer uma nova era no século XXI – uma era de esperança, de compreensão e respeito mútuos, e de paz e prosperidade baseadas no humanismo genuíno.

“A paz não é para ser deixada a cargo de outros em locais distantes. É para ser criada dia-a-dia, em nosso esforço para cultivar a preocupação e a consideração pelos outros, forjando laços de amizade e confiança em nossas respectivas comunidades, com nossas ações e exemplos.”
(Daisaku Ikeda)

Dom Helder Câmara

Nascido a 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, Ceará, Dom Hélder Câmara é o décimo primeiro filho de uma família simples e numerosa, composta de treze filhos, dos quais somente oito conseguiram sobreviver, os demais falecendo vitimados por uma epidemia de gripe que assolou a região no ano de 1905.

O pai, João Câmara Filho, era guarda-livros de uma firma comercial, enquanto a mãe, Adelaide Pessoa Câmara, era professora primária.

Aos quatro anos demonstrava especial atenção nos sacerdotes que celebravam as missas da sua comunidade, manifestando àquela época seu desejo de ser “um padre lazarista”, certamente influenciado pelo grande número de padres lazaristas que atuavam na arquidiocese de Fortaleza naqueles tempos. Ainda na sua infância, inúmeras vezes foi surpreendido pelos familiares brincando de oficiar missa, ajoelhado frente a um improvisado altar, construído a partir de algumas pequenas caixas de sabonete vazias, de costas para o público, como era de costume.

Em 1923, ingressa no Seminário Diocesano de Fortaleza (Prainha), onde faz os cursos preparatórios e depois filosofia e teologia, tendo sua preparação sacerdotal se dado de forma tranqüila e serena, muito embora já se destacando pela sagacidade em defender seus pontos de vista, em embates presidido pelo padre Tobias Dequidt, então reitor, que muito o admirava pela segurança das suas argumentações.

Para ser ordenado sacerdote aos 22 anos de idade, no dia 15 de agosto de 1931, o então candidato Hélder recebeu uma autorização especial da Santa Sé, posto que não possuía a idade mínima exigida. Celebra sua primeira missa no dia seguinte, convidando dois tenentes para o auxiliarem no evento. Após a celebração, na qual buscou usar termos mais eruditos e de pouco uso, recebeu do Padre Breno, um dos seus professores, uma última lição: “Deixe de ser bobo. Você vai falar para gente humilde. Você tem que falar naturalmente”. Uma lição apreendida para toda sua vida sacerdotal, uma caminhada dedicada aos mais simples e desafortunados.

Logo de início da sua caminhada sacerdotal, Dom Hélder Câmara empenhou-se na organização do Movimento Juventude Operária Católica, assumindo paralelamente as funções de Assistente Eclesiástico da Liga dos Professores Católicos e as atividades de professor de religião do Liceu do Ceará, demonstrando uma extraordinária capacidade de bem transmitir os ensinamentos exigidos pelo programa.

Juntamente com dois outros amigos, funda, em 1931,a Legião Cearense do Trabalho, para em 1933, juntamente com lavadeiras, passadeiras e empregadas domésticas, instituir a Sindicalização Operária Feminina Católica.

Estas iniciativas de Dom Hélder Câmara chamaram a atenção de Plínio Salgado, fundador e dirigente da Ação Integralista Brasileira, que o convidou para se filiar na AIB. Convite aceito após autorização recebida do Arcebispo Dom Manuel, seu superior maior na Arquidiocese, Dom Hélder exerceu atividades de Secretário de Estudos da AIB, no Ceará.

Graças ao seu empenho como educador, Dom Hélder Câmara, em 1935, foi convidado pelo então governador cearense Menezes Pimentel para ocupar as funções de Diretor da Instrução Pública do Estado, atualmente correspondente às funções de Secretário de Educação. Nas novas funções, Dom Hélder contribuiu de maneira decisiva para a reforma do método de ensino e melhor desenvolvimento da educação pública cearense.

Em janeiro de 1936, a bordo do navio Afonso Pena, parte Dom Hélder para o Rio de Janeiro, onde, abandonando seu ideário integralista, dedica-se sem denodo aos estudos, às suas atividades profissionais e ao seu apostolado, exercendo, na renovação do ensino catequético do sistema educacional estadual, as funções de Diretor Técnico do Ensino de Religião.

Entre 1947 e 1952, Dom Hélder Câmara dirige e colabora com as revistas Ação Católica e Assistente Eclesiástico, iniciando, em 1949, como primeiro redator e depois diretor, a publicação da revista Catequética, também sendo um dos principais colaboradores da Revista Eclesiástica Brasileira.

Dom Paulo Evaristo Arns

Dom Paulo Evaristo Arns, ofm nasceu em Forquilhinha, Criciúma, SC, em 1921. Ingressou na ordem franciscana em 1939. Ordenou-se presbítero em 1945 em Petrópolis, RJ. Freqüentou a Sorbonne onde laureou-se em Patrística e Línguas Clássicas. Foi professor nos subúrbios de Petrópolis, onde era amigo das crianças e dos pobres dos morros.

Foi indicado bispo auxiliar de Dom Agnelo Rossi (de São Paulo), em 1966. Atuou intensamente na Região Norte de São Paulo. Foi nomeado Arcebispo de São Paulo em 1970.

Foi feito Cardeal por Paulo VI no consistório de 1973, com o título de Santo Antônio na Via Tuscolana. Assim que assume a diocese incrementa fortemente a participação dos leigos nos passos do Concílio Vaticano II. Realiza a Operação Periferia, vendendo o palácio Episcopal e assume destemida defesa dos direitos humanos constantemente violados pela ditadura militar. Torna-se voz dos sem voz e arauto da justiça social em nossa pátria. É de sua responsabilidade a edição do livro e relatório “Brasil, nunca mais”, marco na luta contra a tortura.

Cria novas regiões episcopais, realiza amplo plano de pastoral urbana e lança as bases para a ação colegiada na grande metrópole de São Paulo. Criou as condições essenciais para a entre-ajuda do projeto “Igrejas-irmãs. Cria quarenta e três paróquias, incentiva e apoia o surgimento de mais de duas mil comunidades de base nas periferias da metrópole paulistana, particularmente nas atuais dioceses sufragâneas de São Miguel, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro, além das regiões de Belém e de Brasilândia. Esta era a resposta eficaz e efetiva ao crescimento desordenado, à miséria crescente e à migração constante e forçada para a capital de São Paulo.

Dom Paulo é autor de 48 livros e recebeu mais de uma centena de títulos nacionais e internacionais.

Albert Einstein

Einstein nasceu a 14 de Março de 1879 em Ulm, na Alemanha, e no mesmo ano sua família se mudou para Berlim. Um ano depois, mudaram de novo, desta vez para Munique.

A infância de Einstein foi marcada de profundas desilusões. Só conseguiu formar sua primeira frase aos 3 anos de idade. Quando completou 7 anos, foi colocado na Escola Elementar de Munique, um colégio católico. As notas de Einstein não eram muito boas; passava a aula inteira pensativo, com o olhar perdido em algum ponto distante. As noções de História, Geografia e língua alemã não entravam em sua cabeça; porém por outro lado, começou a trazer boas notas em aritmética pra casa.

Certa vez, numa conversa de amigos, Hermann Einstein – o pai de Albert – definiu-o como um retardado mental.

Certo dia, seu tio Jacob presenteou-o com uma velha bússola de bolso, mais para se ver livre do objeto. Porém, a teimosia da agulha, que apontava sempre para o Pólo Norte, acabou fascinando o menino Einstein a ponto de se dedicar ao estudo do magnetismo, por conta própria, longe da escola. Aquilo lhe interessava muito mais do que as lições que não entravam na sua cabeça.

A segunda grande libertação para Einstein foi quando um estudante, amigo da família, deixou um livro de geometria em sua casa. Einstein leu e releu o livro várias vezes, resolvendo quase todos os seus exercícios.

Depois de deixar o colégio elementar Einstein foi posto no Ginásio Luitpold aonde a situação continuava na mesma, em relação às notas, e o menino parecia se interessar somente por Matemática. Ás vezes Einstein entrava na oficina de seu pai e mexia com um ou outro aparelho, com uma certa timidez, até que uma vez conseguiu consertar, sem nenhum conhecimento prático anterior, um sofisticado aparelho de mecânica. Nesse instante, Herr Herman, seu pai, abraçou e beijou-o, agradecendo aos céus por aquele instante de alegria e felicidade.

Suas notas em matemática cresciam cada vez mais, o que fez certas desavenças acontecerem. Certo vez, um professor lhe disse que seria uma enorme satisfação se Einstein fosse expulso. Enrubescido, Einstein conseguiu balbuciar que não havia feito nada de errado. Aos brados, o professor disse que era isso mesmo, ele não fazia nada de errado em Matemática, e sua simples presença fazia-o perder o respeito de seus alunos. Acabou saindo da escola, mas porque não demonstrava muito interesse mesmo.

Seus pais o levaram então à Suíça, onde concluiu o curso, ao que tudo indica, auxiliado pelas notas de um amigo. Tentou se tornar professor mas não conseguiu; tudo que conseguiu foi tornar-se funcionário do escritório de patentes.

Quatro anos depois, porém, Einstein apresentou cinco trabalhos no Anuário Alemão de Física, um deles descrevendo o efeito fotoelétrico, que só pode ser concluído com a ajuda de uma teoria quântica (de Plank), o que mais tarde acabou abrindo o caminho que levaria ao desenvolvimento da Física Quântica, e um outro que ajudaria a medir o tamanho dos átomos mais tarde. Em um outro trabalho, descreveu algo sobre a velocidade da luz, o que a levaria a concluir que o éter não existe, uma vez que nem o movimento absoluto nem o repouso absoluto existe, “Tudo é Relativo”. Essa idéia o levou á formulação da Teoria da Relatividade Restrita.

Essas simples concepções mudariam todo o conceito do Universo que se tinha desde Newton.

Em 1916 Einstein formulou uma teoria para casos mais gerais, que englobaria até mesmo a lei da gravidade de Newton, chamada então de Teoria da Relatividade Geral. Essa teoria revolucionou completamente a Física, pois com ela é possível explicar muitos fenômenos do universo, inclusive prever alguns. Isso foi comprovado no eclipse de 1919.

Einstein concorreu ao Prêmio Nobel de Física, mas, devido à complicações, só veio receber o prêmio em 1921 pelo trabalho sobre o efeito fotoelétrico. Em 1930, Einstein visitou os Estados Unidos e, como o nazismo florescia na Alemanha, resolveu naturalizar-se norte-americano.

Durante a Segunda Guerra, diante da possibilidade da Alemanha construir a bomba atômica, Einstein foi convencido a escrever uma carta ao presidente Roosevelt explicando como criar um programa de pesquisas para se adiantar á ameaça.

Depois da segunda Guerra, Einstein começou a trabalhar contra as guerras atômicas, porém somente nos anos 80 se iniciou o desmonte de parte desse material.

Mahatma Gandhi

O “Mahatma” Gandhi, cujo o verdadeiro nome era Mohandas Karanshand Gandhi, foi líder de 250 milhões de hindus, que sempre viram nele a encarnação viva de todos os ideais do povo e da dignidade nacional. Nenhum homem jamais logrou reunir ao redor de si, um número tão grande de adeptos dispostos a darem a vida pelo guia espiritual.

Mohandas Karamshand Gandhi nasceu em Cathiawar, província de Bombaim, em 2 de outubro de 1869. Filho do primeiro ministro do Estado onde nasceu, ficou noivo aos 8 anos e casou-se aos 12 anos. Aos 17 anos entrou para a Universidade de Alimedab, onde começou a falar como um perfeito advogado londrino.

Em 1891 voltou para a Índia e instalou-se em Bombaim com escritório de advocacia, transferindo-se em seguida para a África do Sul, onde foi devoto na luta contra a defesa da colônia indiana, a qual todos os direitos civis eram negados, inclusive o de permanência. Instalou-se novamente em Bombaim, onde consagrou a luta pacífica pela independência do seu país da Inglaterra, inaugurando em 1920 a campanha da não violência e não cooperação. O movimento espalhou-se rapidamente e Gandhi recebeu o título de de Mahatma (grande alma).

Preso e condenado em 1930, Gandhi iniciou a campanha da desobediência civil baseada nas idéias de Tolstoi e Rosseau. Chegou ainda a descrever a si mesmo como uma “espécie de anarquista” e planejou uma sociedade descentralizada, baseada em aldeias e comunas independentes. Por conseqüência desta campanha foi preso novamente.

Já em liberdade, assinou em 1931, com o vice-rei da Índia o Pacto de Delhi, pelo qual grande parte do serviço administrativo do país passava para as mãos dos nativos. Preso novamente em 1933, foi solto em 1934 devido ao seu longo jejum de protesto contra a maneira que vinham tratando os intocáveis. Após o jejum, Gandhi renunciou a liderança do Congresso Indiano e retirou-se para Sanagram.

Conseguindo a independência da sua pátria em 1946, depois de lutar durante 50 anos, dedicou-se à pacificação dos dois grupos religiosos – o Muçulmano e o Hindu – sendo meses depois assassinado quando dirigia-se a um comício de oração.

A morte de Gandhi nas mãos de um assassino feriu e impressionou profundamente a Índia. O falecimento de Gandhi é mais do que uma tragédia nacional. Para milhões de indianos é o passamento de um “Deus”.

Henry Dunant

No campo de batalha de Solferino, no Norte da Itália, em junho de 1859, um homem de negócios suíço chamado Henry Dunant ficou profundamente impressionado com a visão de milhares de soldados feridos abandonados à própria sorte, em agonia por falta de assistência médica. Apelou então ali mesmo para a população local para o vir ajudar, insistindo que os soldados de ambos os lados deveriam ser tratados.

Mas não ficou por aí. Em 1862 publicou um livro entitulado “Uma Recordação de Solferino”, em que fez dois apelos solenes: em primeiro lugar, que fossem constituídas sociedades de assistência em tempo de paz com enfermeiros que tratariam dos feridos em tempo de guerra, e, em segundo lugar, que esses voluntários, que seriam convocados para auxiliar os serviços sanitários do exército, fossem reconhecidos e protegidos por meio de acordo internacional.

Estas idéias levaram rapidamente à criação do “Comitê Internacional para a Assistência aos Feridos” , que mais tarde se transformou no Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Em resposta a um convite do Comitê Internacional, os representantes de dezesseis países e quatro instituições filantrópicas reuniram-se numa Conferência Internacional em Genebra em 1863. Este acontecimento marcou a fundação da Cruz Vermelha como uma instituição.

Mas isto foi somente um primeiro passo. Henry Dunant e os outros membros do Comitê desejavam um reconhecimento oficial e internacional da Cruz Vermelha e dos seus ideais. Eles queriam que fosse adaptada uma Convenção que garantisse a proteção dos serviços sanitários no campo de batalha. Para esse fim o governo suiço concordou em convocar uma Conferência Diplomática que se realizou em Genebra em 1864. Os representantes de doze governos participaram e adotaram um tratado preparado pelo Comitê Internacional, entitulado “Convenção de Genebra para o Melhoramento da Sorte dos Soldados Feridos nos Exércitos em Campanha”. Este tratado, com os seus dez artigos, foi o primeiro tratado de Direito Internacional Humanitário. Posteriormente, foram realizadas outras conferências, ampliando o direito básico a outras categorias de vítimas, como os prisioneiros de guerra.

Após a Segunda Guerra Mundial, uma conferência Diplomática adotou as quatro Convenções de Genebra de 1949, depois de reunir durante quatro meses. Estas Convenções incluíam, pela primeira vez, disposições relativas à proteção de civis em tempo de guerra. Em 1977, as Convenções foram completadas por dois Protocolos Adicionais.

Hoje, a Cruz Vermelha conta com Sociedades Nacionais em 171 países com mais de 350 milhões de voluntários, regidos por mesmo estatuto, princípios e finalidades.

John Lennon

E aí John, O que foi que você disse mesmo?

“O Que nós temos de fazer é manter viva a esperança. Porque sem esperança nós todos vamos naufragar”

“Realize o seu próprio sonho. Você mesmo vai ter de fazer isso… eu não posso acordar você. Você é quem pode se acordar”

“Eu pensava de verdade que todos nós seríamos salvos pelo amor”

“A guerra acaba se você quiser”

“Eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal”

“Pense globalmente e atue localmente”

“A gente tem que agradecer a Deus ou seja lá o que for que está lá em cima pelo fato de que todos nós sobrevivemos”

“Acredito em tudo aquilo que Jesus disse – Amor, bondade, caridade – mas não acredito naquilo que os homens dizem que ele disse”

“Você diz ‘Adeus’ e eu digo ‘Alô'”

“Se o homem buscasse a conhecer-se a si mesmo primeiramente, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos”

“Antes de Elvis não existia nada. Nós (os Beatles) sempre quisemos ser maiores que Elvis porque ele era o maior”

“A Insegurança e a frustação levam o homem à violência e à guerra”

“Talvez não haja diferença entre nós e o presidente dos EUA se ficarmos nus”

“A nossa política é a do humor. Todas as pessoas sérias foram assasinadas. Nós queremos ser os palhaços do mundo”

“Nós temos Hitler dentro de nós, mas também temos paz e amor”

“Os Beatles são mais populares que Jesus Cristo”

“Normalmente, há sempre uma grande mulher atrás de cada idiota”

“Sim, eu acredito que Deus é como uma usina de força, que ele é um poder supremo, que não é nem bom nem ruim, nem de direita nem de esquerda, nem branco nem preto, Ele simplesmente É”

“A ignorância é uma espécie de bênção. Se você não sabe, não existe dor”

“Não é divertido ser artista. Beethoven, Van Gogh, todos eles: se tivessem psiquiatras nós não teríamos esses gênios”

“A Genialidade é uma tipo de loucura”

“Se o pessoal não entendeu os Beatles e os anos 60, o que é que eu posso fazer?”

“Os Beatles foram o som dos anos 60. Mas não acho que tenhamos sido mais importantes do que músicos como Glenn Miller ou Bessie Smith”

“Tudo o que você precisa é amor”

“…então eu pergunto: porque não dar uma chance para a paz?”

Leonardo Boff

Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, aos 14 de dezembro de 1938. É neto de imigrantes italianos da região do Veneto, vindos para o Rio Grande do Sul no final do século XIX. Fez seus estudos primários e secundários em Concórdia-SC, Rio Negro-PR e Agudos-SP. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.

Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heilderberg (Alemanha).

Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização com o discurso promissor da fé cristã, gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com “Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade”.

É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suíça), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos.

De 1970 a 1985, participou do conselho editorial da Editora Vozes. Neste período, fez parte da coordenação da publicação da coleção “Teologia e Libertação” e da edição das obras completas de C. G. Jung. Foi redator da Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984), da Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e da Revista Internacional Concilium (1970-1995).

Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro “Igreja: Carisma e Poder”, foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de “silêncio obsequioso” e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso. Dada a pressão mundial sobre o Vaticano, a pena foi suspensa em 1986, podendo ele retomar algumas de suas atividades.

Em 1992, sendo de novo ameaçado com uma segunda punição pelas autoridades de Roma, renunciou às suas atividades de padre e se auto-promoveu ao estado leigo. “Mudou de trincheira para continuar a mesma luta”: continua como teólogo da libertação, escritor, professor e conferencista nos mais diferentes auditórios do Brasil e do mundo, assessor de movimentos sociais de cunho popular libertador, como o Movimento dos Sem Terra e as comunidades eclesiais de base (CEB’s), entre outros. É Presidente de Honra do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis.

Em 1993 prestou concurso e foi aprovado como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Atualmente vive no Jardim Araras, região campestre ecológica do município de Petrópolis-RJ e compartilha vida e sonhos com a educadora/lutadora pelos Direitos a partir de um novo paradigma ecológico, Marcia Maria Monteiro de Miranda. Tornou-se assim ‘pai por afinidade’ de uma filha e cinco filhos compartilhando as alegrias e dores da maternidade/paternidade responsável. Vive, acompanha e re-cria o desabrochar da vida nos “netos” Marina e Eduardo.

É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

Madre Teresa de Calcutá

Agnes Gonxha Bojaxhiu, conhecida como madre Teresa de Calcutá, nasceu em 27 de agosto de 1910 em Skopje, na Macedônia. Filha de merceneiro albanês, foi para a Irlanda em 1928, onde ingressou no Instituto da Bendita Virgem Maria, mas logo embarcou para a Índia. Ali, solicitou permissão para trabalhar com os pobres de Calcutá.

Depois de estudar enfermagem, mudou-se para as favelas e adotou a cidadania indiana. A seu pedido, foi-lhe cedido um albergue de peregrinos, perto do templo de Kali, onde em 1948 ela fundou a Ordem das Missionárias da Caridade.

Em pouco tempo, muitos simpatizantes vieram ajudá-la e madre Teresa organizou dispensários e escolas ao ar livre. Sua ordem fundou inúmeros centros para cegos, idosos, leprosos, aleijados e moribundos, e em 1950 a ordem recebeu sanção canônica do papa Pio XII. Sob inspiração de madre Teresa, a congregação construiu na Índia um leprosário, Shanti Nagar (Cidade da Paz). Em 1964, o papa Paulo VI presenteou-a com a limusine por ele utilizada em sua visita à Índia. Madre Teresa rifou o carro, para ajudar a financiar a colônia de leprosos.

Em reconhecimento a seu apostolado, o governo indiano concedeu-lhe em 1963 a medalha “Senhor do Lótus”. Dois anos depois a ordem, já presente em vários países, tornou-se subordinada somente ao papa. Em 1971, Paulo VI concedeu a madre Teresa o primeiro Prêmio João XXIII da paz. Madre Teresa morreu em Calcutá em 5 de setembro de 1997.

Mãe Menininha do Gantois

Jorge Amado não viajava sem ouvir suas recomendações. Dorival Caymmi não dava um passo sem consultá-la primeiro. Antônio Carlos Magalhães seguia seus conselhos a ferro e fogo. E Vinicius de Moraes corria a escutá-la quando estava na Bahia. Ninguém sabe ao certo quem foi a primeira personalidade a frequentar o Terreiro do Gantois, em Salvador, mas o fato é que os braços acolhedores de Mãe Menininha nunca estavam parados.

Neta de escravos, Maria Escolástica da Conceição Nazaré (nascida a 10 de fevereiro de 1894 na capital baiana) foi escolhida na infância pelos santos do candomblé como mãe-de-santo do terreiro fundado pela avó. Ainda criança, sem conhecimento suficiente para assumir o posto mais alto na hierarquia da religião – o de ialorixá, que dita as regras e comanda todo o funcionamento da casa – foi iniciada nos rituais pela tia Pulquéria, sua antecessora. Era então uma moça quieta e franzina, e não escapou do apelido que a acompanhou pelo resto da vida. Aos 28 anos, assumiu definitivamente o terreiro. “Quando os orixás me escolheram eu não recusei, mas balancei muito para aceitar”, contou certa vez. Na época, o candomblé vivia uma fase de perseguição a paus e pedras. Relegados ao submundo religioso, os rituais terminavam subitamente com a chegada da polícia.

A partir da década de 30, a restrição arrefeceu, mas uma Lei de Jogos e Costumes exigia que o candomblé só fosse celebrado em horários específicos, com a autorização de uma delegacia específica. Quando passava das dez da noite, lá vinham os policiais. “Isso é uma tradição ancestral, doutor”, dizia a ialorixá ao delegado, com sua paz interior que pouco a pouco se apoderava dos outros. “Venha dar uma olhadinha o senhor também.” E o jeito melindroso de Mãe Menininha não só evitou o fechamento do terreiro, como venceu a resistência religiosa do chefe da Delegacia de Jogos e Costumes, que escutou o chamado dos santos e se tornou um praticante da religião depois da extinção da lei, em meados dos anos 70 – a própria Mãe Menininha foi uma das principais articuladoras para o término das proibições.

Como outras crenças, no início do século a religião afro-brasileira também era carregada de conservadorismo. Passar em frente de uma mãe-de-santo sem baixar a cabeça era grave ofensa para os seguidores da casa. Como um bispo progressista na Igreja Católica, Menininha modernizou o candomblé sem permitir que ele se transformasse num espetáculo para turistas. Informal e bonachona, não hesitava em abrir as portas do Gantois para brancos e católicos – uma abertura que, em muitos terreiros, ainda hoje é vista com certo estranhamento.

Ecumênica, Mãe Menininha nunca deixou de assistir à missa, numa prova de que o sincretismo religioso da Bahia não é mero chavão. Podia comungar pela manhã e celebrar os rituais do candomblé à noite. No meio tempo, cuidava das duas filhas – Cleusa e Carmen – e coordenava todas as atividades do terreiro. Não eram poucas, já que dentro do próprio Gantois criavam-se galinhas e cultivava-se milho. Sem cobrar um tostão, passava o dia atendendo seus seguidores. Para dar uma trégua aos santos, entregava-se de corpo e alma a pequenos prazeres. Cuidava com esmero da vasta coleção de objetos de louça, presentes dos filhos-de-santo ilustres. Quando estava assistindo aos capítulos da novela Selva de Pedra, ninguém arriscava importuná-la. E grudava no rádio colocado no criado-mudo do quarto para escutar programas evangélicos e música popular – uma de suas cantoras preferidas era Maria Bethânia.

Por trás das poderosas lentes dos óculos da mãe-de-santo havia uma mulher de força inabalável. Mais que superar preconceitos e afirmar o candomblé como símbolo da cultura negra, abriu a seita para novos seguidores. Mais que ser católica, convenceu os bispos a permitir a entrada nas igrejas de mulheres com os tradicionais vestidos do candomblé. Vestidos que ela mesma exibia com elegância: brancos para Oxalá, dourados para Oxum e azuis para Oxóssi.

Com sua paciência invejável, não se cansava de tirar dúvidas sobre o candomblé. “Deus? O mesmo Deus da Igreja é o do candomblé. A África conhece o nosso Deus tanto quanto nós, com o nome de Olorum. A morada Dele é lá em cima, e a nossa cá embaixo”, explicava. Mãe Menininha morreu a 13 de agosto de 1986, aos 92 anos.

Martin Luther King

Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929, em Atlanta, Geórgia, Estados Unidos, filho e neto de pastores batistas negros. Resolvido a seguir a carreira religiosa, graduou-se em teologia em 1951 e doutorou-se na Universidade de Boston em 1955. Durante esse período, foi influenciado pela filosofia da não-violência de Gandhi.

Enquanto exercia seu ministério em Montgomery, Alabama, relacionou-se com um grupo de militantes dos direitos civis e tornou-se conhecido ao liderar um movimento contra a segregação racial nos ônibus da cidade. Em 1960, regressou a Atlanta e iniciou uma campanha nacional de protestos pacíficos. Foi preso, o que causou escândalo em todo o país. Libertado a pedido do então candidato presidencial John F. Kennedy, Martin Luther King saiu fortalecido do episódio. Em agosto de 1963, a campanha anti-racista atingiu o auge, quando mais de 200.000 pessoas participaram de uma concentração diante do monumento de Lincoln, em Washington. Na ocasião King pronunciou seu famoso discurso “Eu tenho um sonho”, em que, usando uma fraseologia bíblica, manifestava a esperança de fraternidade universal.


Em 1964, ano em que King ganhou o Prêmio Nobel da Paz, o governo americano sancionou a lei dos direitos civis, favorável às minorias raciais. As táticas de luta pacífica de King se opunham à violência dos que proclamavam a necessidade de estabelecer o chamado black power (poder negro), nos Estados Unidos. Martin Luther King foi assassinado por um atirador branco em Memphis, no Tennessee, em 4 de abril de 1968.

Rui Barbosa

Ao contrário do que se imagina, Rui Barbosa quase nunca usava bengala. Carregava, sim, um guarda-chuva de cabo de ouro e um livro debaixo do braço para ler no trajeto de bonde ou carruagem. Só calçava botinas pretas ou marrons, de número 36, e não usava jóias, exceto o relógio de ouro, dentro do qual carregava um retrato da esposa, Maria Augusta – com quem foi casado durante 47 anos e teve cinco filhos -, e a aliança. A baixa estatura – 1,58m – e os 48 quilos, além do volumoso bigode branco e da ligeira curva na coluna, faziam do jurista um verdadeiro João José Barbosa em miniatura.

Foi com o pai que o menino aprendeu as técnicas de eloquência que lhe foram tão úteis. O vozeirão, que ninguém compreendia como fora parar naquele corpo franzino, ajudava muito em seu desempenho nas tribunas. Dominando como poucos o ofício de orador, o jurista baiano (nascido em Salvador, a 5 de novembro de 1849) encantou e causou inveja a muita gente. Discursando na Câmara, no Senado ou em praça pública – como fez nas três vezes em que falou aos soldados recém-chegados da Guerra do Paraguai, em 1869 – provocava aplausos intermináveis.

“Você é muito Rui!” Durante anos, este foi o maior elogioque alguém poderia fazer a um amigo. A expressão foi moda no Brasil e o nome do jurista era sinônimo de inteligência, astúcia, brio. Nada mais justo: a erudição de Rui lhe deu a capacidade de falar, com fluência, inglês, italiano, espanhol, alemão e francês. Desde menino a família tinha certeza de que ele seria um gênio da raça. Aos cinco anos, aprendeu a analisar orações e conjugar verbos e, aos dez anos, tinha lido alguns dos clássicos da literatura, além de declamar trechos de Camões. Na Faculdade de Direito do Recife – onde cursou os dois primeiros anos, até transferir-se para a Faculdade de Direito de São Paulo, desconsolado com uma nota baixa -, gastava parte do dinheiro que o pai mandava comprando velas, usadas para estudar nas madrugadas que varava. Quase diariamente, ia às livrarias bisbilhotar e comprar os 35 mil livros que hoje enchem as estantes da Fundação Casa de Rui Barbosa, antiga residência do jurista baiano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

O adolescente, que precisou esperar um ano até completar os 16 suficientes para o ingresso na faculdade, era um defensor das liberdades individuais. Depois de exercer dois mandatos de deputado pela Bahia, enquanto lutava com unhas e dentes pela República e, mais ferozmente ainda, pela abolição, ganhou destaque na nova cena republicana com os cargos de vice-chefe e ministro da Fazenda do governo provisório.

Depois da abolição, ex-proprietários de escravos exigiram do governo indenizações astronômicas. Para evitar que o tesouro da União fosse onerado em benefício dos fazendeiros, mandou queimar todas as provas existentes. No despacho que negava o pedido de indenização, escreveu uma única frase e foi aplaudido pelos abolicionistas: “Mais justo seria se pudesse descobrir meio de indenizar os escravos.”

Mas foi seu papel na elaboração da Constituição de 1891, a primeira da República, que o transformou em personagem célebre da História do Brasil. Em reuniões ministeriais diárias, liderava as discussões sobre o conteúdo da Constituição. À noite, depois de redigir os termos, encontrava-se com o presidente marechal Deodoro da Fonseca. Após ouvir atentamente as palavras do jurista, o presidente dava sua aprovação. “Quer dizer que eu não poderei fechar o Congresso?” Rui advertiu que, segundo a Constituição, o presidente não teria este poder. Desdenhando a resposta, Deodoro avisou: “Pode pôr isso aí. Eu vou fechar mesmo.” Dito e feito. Rui foi contra e demitiu-se.

Era movido por um incomum senso de justiça. Bastava falar em violação de direitos que ele estava lá. Defendeu muitos adversários, sem pedir nada em troca. Com Floriano no poder, Rui pediu habeas-corpus em favor dos presos políticos. Libertou os perseguidos, mas foi também vítima das arbitrariedades do presidente, que fechou o Jornal do Brasil, do qual tornara-se sócio em 1893. Incomodado, exilou-se na Inglaterra, onde ficou pouco mais de um ano.

Motivos para cobrir-se de glórias teve mesmo quando participou, em 1907, da Conferência de Paz em Haia, na Holanda. Tornou-se nossa Águia de Haia e capitalizou o sucesso candidatando-se à Presidência da República, em 1909. Correu o País em campanha e esteve perto da vitória, mas foi derrotado pelo marechal Hermes da Fonseca. Contestou o resultado das eleições, foi mais uma vez vencido e candidatou-se novamente em 1919. Desta vez, reconheceu a legitimidade do processo eleitoral e a vitória de Epitácio Pessoa nas urnas.

Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1908, nos últimos anos de vida os inimigos cederam às virtudes do jurista e acenaram com a bandeira branca. O corpo frágil, que na infância escapou de uma epidemia de cólera em Salvador, sucumbiu a uma toxemia (intoxicação do sangue). Rui Barbosa faleceu no dia 1o. de março de 1923 e seu caixão foi carregado nos ombros do povo.

Albert Schweitzer

Provavelmente o maior intérprete de Bach do século XX, Albert Schweitzer foi também seu maior biógrafo. Com um talento que remontava a passada geração dos Schweitzer, fora aclamado como o grande concertista da Europa dos primeiros anos do século. Premiado como intérprete e como profundo conhecedor de órgãos, Schweitzer testemunhara sua fama espalhar-se rapidamente a despeito de sua extrema juventude: estava adentrando a casa dos trinta. Um dia, como que atingido por um raio, soube da necessidade de missionários no Congo Francês, o Gabão, na África. E descobriu que o perfil ideal de um missionário para o Gabão era aquele que tivesse conhecimentos de medicina.

Daquele dia em diante, sua vida mudou. E muito radicalmente. Iniciou o Curso de Medicina, concluído seis anos depois e ainda mais, fez uma especialização de dois anos em doenças tropicais. A todos a quem mencionava sua aspiração de deixar a Europa por um vilarejo primitivo nos rincões africanos, era saudado com zombaria ou com piedosa compaixão. Alguns achavam mais racional que ele custeasse alguém que fosse se embrenhar nas selva do Gabão enquanto ele continuaria sua trajetória de virtuose. Outros, o consideravam, como todos os artistas renomados, excêntrico. Nada mais que excêntrico: como alguém deixaria ao lado todos aqueles anos a que havia se dedicado à música, aquela música que encantava os homens e os anjos, as sinfonias com que Bach enchera o mundo de divindade? Perseverou e perseguiu sua meta com tenacidade.

Ao se formar, colocara à venda todos os seus pertences, inclusive as medalhas, troféus e instrumentos musicais. Era o capital inicial de sua nobre missão: fundar um hospital em Lambarène, Gabão. E foi assim que aqueles confins do mundo se familiarizaram com a música clássica, podendo se ouvir, ao crepúsculo os acordes de um piano a irromper na selva. Um hospital muito rústico, de pau a pique, foi o maior salva-vidas da região e multidões de africanos acorriam a ele, esquecendo algumas vezes suas superstições e tradições tribais milenares e aceitando os anestésicos e a penicilina que lhes podia prolongar a vida e minimizar a dor.

Enquanto isso, a Europa fervilhava nas vésperas de uma grande guerra. Eram os anos finais da década de 30. Isolado do mundo, naquele lugar esquecido por todos, o jovem médico Albert Schweitzer fazia de tudo um pouco: era carpinteiro, pedreiro, professor, cozinheiro e médico. Enfrentando enfermidades, crendices e muita escassez de recursos materiais e humanos, coube a Schweitezer o desafio de triunfar sobre todas as dificuldades.

Terminada a guerra, uma ou duas vezes por ano, retornava à Alemanha e à Inglaterra, onde com seus concertos amealhava os meios para uma nova ala ou enfermaria de seu hospital.

Em 1953, Albert Schweitzer é laureado com o Prêmio Nobel da Paz. E com o sacrifício de sua vida, demonstrara que é possível ter utopias e viver por elas e que a aridez do espírito humano se curva ante a pureza de intenção de uma alma nobre, ansiosa para servir ao próximo.

Lázaro Luiz Zamenhoff

Nascido em Bialistock, na Polônia, em 15/12/1859 trabalhou muitos anos coordenando um grupo encarregado de trazer à Terra aquela que seria a Língua Internacional, capaz de unir os homens em uma grande rede de amor.

Tudo começou em 1870 na região do Império Russo, onde hoje está a Polônia. Em Bialytosk falavam-se quatro línguas: polonês, iídiche, russo e alemão. Nessa cidade retalhada, eram 4 comunidades, 4 religiões, 4 línguas, 4 alfabetos e 4 ódios, e um menino sofre as mais dolorosas feridas psíquicas, pois o simples fato de alguém exprimir-se já lhe confere um rótulo, pelo qual recebe desprezo ou solidariedade.

Com fé ingênua e juvenil, o menino põe mãos à obra. Pôr volta de 1876, um jovem de 17 anos conseguiria atingir tão ambicioso objetivo de criar uma língua única!

Aos 27 anos decide publicar o fruto de seu trabalho, mas, nenhuma editora aceita. Decide imprimir por sua conta própria. O projeto atrai interessados. Surge uma revista na língua nascente. Leon Tostói escreve em favor do projeto, resultando a censura czarista, que proíbe a circulação da revista. A vida porém, obedece a uma lógica diferente. Nos cinco continentes as pessoas tomam conhecimento da língua e começam a apreendê-la.

No primeiro Congresso Esperantista, em Boulogne-sur-mer, em 1905 os adeptos se comunicam perfeitamente. Nos salões parisienses, onde se ditava a moda, a nova língua não têm atrativo e é rejeitada pôr intelectuais do mundo inteiro. As letras acentuadas da nova língua, exige fundição de novos tipos e seria jogar dinheiro fora.

Em 1914 deflagra-se a primeira guerra mundial. Morre Zamenhof. Quem investiria numa língua órfã? Chegam os anos 20, na Liga das Nações, o Irã propõe à adoção do Esperanto para as relações internacionais. Admiração Geral! E as grandes potências preparam-se para ofensiva.

Termina a guerra, torna-se evidente a tendência monopolizadora da língua inglesa. Diante deste Golias, o Esperanto não passa de um David. Mas o Esperanto nunca teve interrompida sua gradativa difusão. Em 1976 ele era ensinado em 30 instituições universitárias, e chegou ao números de 125 em 1991. Ele é usado diariamente no rádio na China e Polônia. É o meio de comunicação de cônjuges de línguas diferentes, sendo a língua materna de certo número de crianças, hoje mais de um milhão de pessoas falam o Esperanto.

Quem imaginaria que em 1887, a brochura de um desconhecido com 27 anos seria a língua usada no maior congresso internacional da história da China, menos de um século depois. Contra fatos não há argumentos: em um século o Esperanto teceu em todo o Planeta inúmeras redes de amizade, unindo pessoas de todos os meios culturais.

Francisco de Assis

Francisco de Assis viveu oitocentos anos atrás. Foi um moço alegre, generoso e cheio de sonhos de grandeza até que, um dia, descobriu Jesus Cristo. Ele achou que tinha sido chamado por Deus e entrou para valer em uma vida nova. Quando ele morreu, todos acharam que ele tinha sido transformado em um outro Cristo, mil e duzentos anos depois. Agora, já faz oitocentos anos que ele passou por esta terra. Você não seria capaz de lembrar os nomes dos seus quatro bisavôs e das suas quatro bisavós, que viveram no século XX, mas certamente já ouviu falar em Francisco de Assis, que viveu no século treze. E você? O que está fazendo de sua vida? Você não acha que também foi chamado por Deus? Pode não ter sido para fazer as mesmas coisas que Francisco fez. Mas lembre-se, Deus não colocou você à toa neste alvorecer do século XXI. (Introdução do livro “São Francisco de Assis”, de Frei José Carlos Corrêa Pedroso).

Veio ao mundo com assinalado e luminoso destino, filho de pais abastados, nasceu em Assis velha cidade da Itália, situada na região da Úmbria em 26 de Setembro de 1182 e foi criado no luxo e na vaidade.
Seu pai Pedro Bernardone, rico comerciante de tecidos, sonhava fazê-lo homem de negócios e de fortuna, mas Francisco, de gênio alegre e cavaleiresco pensava mais nas glorias do mundo do que nos negócios.
Em 1202, com 20 anos, foi a guerra entre sua cidade natal e Perusa, ao partir, jurou voltar consagrado cavaleiro. Caiu prisioneiro, ficando um ano na prisão. Comportou-se com serenidade, levantou a moral dos seus companheiros, transmitindo confiança e alegria. É resgatado pelo pai, por estar muito doente. 
Permanece um tempo em Assis para sua recuperação. Após uma mensagem em sonhos quis alistar-se novamente, mais ainda debilitado e doente, desiste e aceita os desígnios de Deus………

Oração de São Francisco de Assis

” Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio que eu leve o amor.
Onde houver ofensa que eu leve o perdão.
Onde houver dúvida que eu leve a fé.
Onde houver erro que eu leve a verdade.
Onde houver desespero que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza que eu leve a alegria.
Onde houver discórdia, que eu leve a união. 
Onde houver trevas que eu leve a luz. 
O Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido 
amar, que ser amado. 
Pois, é dando que se recebe, 
é perdoando que se é perdoado, 
e é morrendo que se vive para a vida ……eterna!…”

Sai Baba

Sathya Sai Baba nasceu em Puttaparthi, uma pequena vila no sul da Índia, no dia 23 de novembro de 1926. No início da década de 60, iniciou a construção de escolas onde o método de educação em valores humanos foi implantado na Índia. O método foi amplamente conhecido pelo Ministério de Educação da Índia e hoje há três faculdades (Instituto de Ensino Superior Sri Sathya Sai), que estão localizados em Prashanthi Nylaiam, Brindavan e Anantapur. Na Índia a instituição de Sai Baba ainda atua na área social, sendo responsável pela manutenção de um hospital, considerado o maior da Ásia, o desenvolvimento de um programa de distribuição de água potável e a capacitação profissional para comunidades carentes.


No Brasil, a Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil, com sede no Rio de Janeiro, é o órgão gestor do material desenvolvido por Sai Baba. Mais informações no site www.sathyasai.org.br

Jesus Cristo

2005 D.C.

Pai nosso que estais nos céus
Santificado seja seu nome
Venha nós o vosso reino
Seja feita a vossa vontade
Assim na terra como nos céus
O pão nosso de cada dia daí-nos hoje e sempre
Perdoa-nos pai as nossas dívidas
Assim como nós perdoamos aos nossos devedores
Mas não nos deixe cairmos em tentações
E livra-nos de todo mal 
Que assim seja.

Jesus Cristo.

Frases dos pacifistas

Frases dos pacifistas
“…então eu pergunto: porque não dar uma chance para a paz?”
(John Lenon)

Não Existe um caminho para Paz. A Paz é o caminho
(Abrahan Johannes Muste)

 Morrer se preciso for, matar nunca.
(Marechal Rondon)

A história quis que eu ajudasse o mundo a se livrar da ameaça nuclear.
(Gorbachev)

O que precisamos matar no inimigo é o desejo de matar.
(Gandhi)

Os verdadeiros fautores de violência são aqueles que fere a justiça e impedem a paz.
(Dom Hélder)

Guerra nunca mais!
(Einstein)

A minha paz vos dou, não vô-la dou como a dá o mundo. Dou-vos a paz que o mundo não pode dar.
(Jesus Cristo)

A mente livre tem sede de paz.
(Chico Xavier)

Senhor! Fazei de mim um instrumento de tua paz.
(Francisco de Assis)

Quero ficar vivo para salvar a Amazônia.
(Chico Mendes)

Sem paz de espírito, é impossível haver paz no mundo.
(Dalai Lama)

As mãos que auxiliam fazendo paz são mais santas que os lábios que rezam.
(Sai Baba)

Não se deve matar a sede de liberdade na taça do ódio.
(Martin Luther King)

É preciso liberdade para chegar à paz.
(Desmond Tutu)

Paz é inteireza, e só Deus é inteiro.
Paz é o absoluto, e só Deus é o Absoluto.
A paz é a reunião de todos os fragmentos em que está dividido o vosso pobre ser. E essa reunião só pode ser obtida mediante um mergulho no centro de vós mesmos. Buscai a paz. Despertai para a existência em vós de um centro de equilíbrio, em que tudo se unifica, se rearmoniza, se reconcilia.
(Mahatma Gandhi)


Frases de Gandhi:

“A satisfação está no esforço e não apenas na realização final”.
“Devo confessar minha falência – não a da não-violência.”
“Eu vivo humildemente buscando a Verdade. A Verdade é, portanto, o meu único fim.”
“Tudo o que vive é teu próximo.”
“O meu amor não é exclusivo. Não posso amar os muçulmanos ou hindus e odiar os ingleses.”
“A não-violência é o primeiro artigo da minha fé; e é também o último artigo do meu credo”.
“Não sou um utópico – sou um idealista prático”
“O homem não tem de obedecer a ninguém senão ao seu próprio EU”.
“Minha ambição é tão alta que por ela vale a pena viver e vale a pena morrer”.
“UM pai sábio deixa que os filhos cometam erros. É bom que, de quando em quando, queimem os dedos.”
“Posso ser uma pessoa desprezível, mas quando a Verdade fala em mim, sou invencível.”
“Existe a não-violência do fraco, do velhaco, mas dessa nunca resultará nada de bom.”
“Para aquele que está em grau de controlar o próprio pensamento, tudo o resto se torna simples jogo de crianças.”
“A verdade é dura como o diamante – e delicada como a flor do pessegueiro.”
“Nenhum homem é tão mau que não possa se auto realizar.”
“O Silêncio é um grande auxílio para quem, como eu, está em busca da Verdade.”
“Se um único homem chegar à plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões.”
“Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros.”
“Não tenho mensagem. Minha mensagem é a minha vida.”
“A verdade não se defende fazendo sofrer o adversário, mas tomando sobre si o sofrimento.”
“A verdadeira beleza, aquela que eu pretendo, está em fazer o bem em troca do mal.”
“A Não-Violência dos fortes é a força mais potente do mundo.”

Oração de São Francisco de Assis

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio que eu leve o amor.
Onde houver ofensa que eu leve o perdão.
Onde houver dúvida que eu leve a fé.
Onde houver erro que eu leve a verdade.
Onde houver desespero que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza que eu leve a alegria.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver trevas que eu leve a luz.
O Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida
eterna!…”