Homenagem a Leozita Baggio Vieira
Leozita Baggio Vieira
Falar de Leozita?
Que coisa complicada!
Primeiro pela saudade, aí, o amor àquele sorrisinho maroto, meio de ladinho, olhinhos meio fechadinho nos cantinhos, brilhantes, armadilha pronta e rápida para capturar mais um amigo, mais um voluntário para suas inúmeras atividades!
Só na Paaaaazzzzz……
Aquela garota artista, linda pianista, inteligente, esperta, trabalhadora persistente, dedicada aos seus deveres e tarefas, questionadora, foi amada e amou muito sua família e seu companheiro-parceiro Edgar, persistentes namorados, pés-de-valsa, casal gostoso de se estar junto, cuidadores…
Não deve ter sido fácil ser seu filho, mas certamente foi muito bom, e os resultados nós reconhecemos em cada um: maternidade de 5 filhos – Edirlei (hoje em Amsterdam), Elton (em Recife), Edmilson (em Salvador), Eduardo (Londrina) e Liani (Londrina), mas à quantos “deu à luz”, uma luz verdadeira, aquela de iluminar o caminhos, acolher os novos, abraçar física e emocionalmente, sugerir caminhos e tantas coisas mais.
Fazer companhia sempre foi seu forte, mas sempre de forma produtiva, nunca deu a impressão de “jogar conversa fora”, sempre vinha junto uma ideia, um valor especial.
Construtora de Paz ativa!
Quando ela virava para você, assim, huuummm… pode – podia – se entregar ao que viria em seguida: Leozita sabia exatamente pedir, designar, valorizar, ensinar…
Quem não foi aluno dela? Difícil achar, pelo que vi.
Por quantos colégios passou ficaram com sua marca, suas iniciativas, nem me atrevo a tentar nominar.
Não podia ver um pedacinho de tecido sem fazer uma flor, um papel para uma arte!
Nem sapatos avulsos passaram batido, não foi?
Lembro (e certamente não apenas eu) de cada saída com ela, sempre atendendo (e lembrando) cada “Professora!”: em chamados variados por gente de muitas idades, em todos os ambientes, sempre com boas lembranças e carinho.
E as atividades voluntárias em prol de educação, cultura, de atendimento, motivação, de providências práticas para todos em que percebesse alguma necessidade?
APP-Londrina, CES (hoje CEEBJA), ACALON, Conselho da Criança e Adolescente e Cultura, Casa do Empreendedor, PROVOPAR, BPW, Elos Clube – como será a Festa Lusófona sem sua presença?), nós aqui, no COMPAZ. Em quantas mais ela atuou, direta ou indiretamente?
As “invenções” de eventos, de novas ações e associações de interesse, administração de capacidades e competências?
Faro infalível! Sensibilidade á flor da pele, em coração sempre aberto e receptivo, sempre acreditando que você poderia fazer mais, acreditando na capacidade humana.
Ficar atoa perto da Leozita? Sem chance!
Falar de Leozita?
É falar de humanidade.
Falar de “ser humano”, falar de um ser humano singular, precioso, um ser humano como todos?
Alguns seres humanos são mais humanos do que outros…
Fontes muito bem informadas nos contaram que continuava, no hospital, a fazer a conexão entre as pessoas, engajando mãos e pessoas nos projetos sociais que tinha tanto gosto em atender.
Londrina ficou um pouco mais vazia, um pouco mais triste, mas não esquecerá o exemplo, as lições que teve em tantos de dedicação.
Parar Leozita?
Leozita parar?
Só assim mesmo: no susto, rápido, porque se demorasse… ela daria um jeito de consertar, arrumar, resolver e continuar a sorrir e chamar para mais trabalho, mais cultura, muito mais amor!
Falar de Leozita?
É mesmo falar de humanidade, um ser humano muito querido, que deixou um buraco, faz uma falta danada….
Deixe um comentário