Colégio Estadual Sagrada Família EFM
Diretora Cristiane Severino da Silva

Professora coordenadora dos trabalhos:
Daniela Fernandes Chineider Troiano

Membros da comissão julgadora:
Cleonice Jose de Souza
Karina Trevisan
Tristiane Severino da Silva                                                 

Desenho
Aline Vidal de Oliveira
Idade: 13 Ano: 8 (oitavo)
Professora orientadora Daniela Fernandes Chineider Troiano

Texto
Mariany Cristina Pereira de Souza
Idade: 16 anos – 2ª série (Ensino Médio)
Professora orientadora Karina Trevisan

A Luta Pela Igualdade de Gênero: Um Caminho a Perseguir

Atualmente, o feminicídio tem sido objeto de intensos debates, porém ainda há muito o que se discutir quanto a essa problemática. A misoginia, como um vírus social, destrói a relação de uma sociedade pacífica e igualitária entre homens e mulheres, resultando no machismo, na violência doméstica, nos estupros e, em casos extremos, no assassinato de mulheres, unicamente pelo fato de serem mulheres. Nesse contexto, é válido analisar o exemplo do Brasil, que registrou em 2022 um recorde amedrontador de feminicídios, visto que, de acordo com o site G1 da Globo, a cada seis horas uma mulher era assassinada.

Malala Yousafzai, símbolo da luta pelo direito à educação feminina, foi uma das muitas que sentiram na pele o machismo e a misoginia. Em sua terra natal, no Paquistão, suas vivências demonstram as dificuldades enfrentadas: não podia estudar, usar roupas comuns ou dirigir a palavra a um homem paquistanês sem antes ter permissão, pois as consequências disso seriam atribuídas a ela. Ainda assim, a ativista lutou pelo direito à educação para as mulheres paquistanesas, alcançando o recorde de pessoa mais jovem a receber um prêmio Nobel.

Felizmente, seus esforços valeram a pena e avanços foram conquistados, como a criação de leis e acesso à educação para as mulheres, todavia ainda estamos longe de atingir a igualdade de gênero. Seu livro inspirou e deu forças a muitas mulheres para continuarem lutando e buscando igualdade na sociedade. Malala conquistou o básico, mas almejamos a igualdade e a conscientização de que independentemente do gênero, cor ou sexualidade, a liberdade é um direito universal. 

É fundamental a conscientização de todos, para que cada vez mais a sociedade caminhe em direção ao progresso e seja colocado um ponto final na discriminação e na violência baseada em gênero. Devemos nos unir em prol da educação, empoderamento e conscientização, buscando transformações profundas para, assim, ser construído um mundo verdadeiramente igualitário e justo.

Texto de Professor
Luis Eduardo Peres de Mello

Cultura de paz

Uma das maiores preocupações da sociedade brasileira é a violência. Os índices de violência e de insegurança, especialmente nos grandes centros urbanos, cresceram nas últimas duas décadas. Nesse sentido, é importante que sejam desenvolvidas políticas públicas que visem à promoção da cultura de paz.

O conceito de cultura de paz parte do princípio de que nem a violência, nem a paz, são naturais dos seres humanos. Infelizmente a sociedade brasileira é considerada muito violenta se for comparada com outras. Atualmente, os homicídios são uma das principais causas de morte entre homens jovens de idades entre 15 e 39 anos, sendo que a maioria das vítimas é constituída por homens negros.

A pobreza, a desigualdade e a injustiça social são contínuas violações dos direitos humanos, incluindo o direito à vida e à segurança. A educação é um dos principais meios para se promover a cultura de paz. É preciso que as escolas trabalhem valores como o respeito às diferenças e o diálogo como forma de solucionar conflitos. Além disso, é importante que sejam desenvolvidas atividades que estimulem a empatia e a solidariedade entre os alunos. A paz precisa ser ensinada, aprendida e estimulada.

Outro ponto importante é o combate à violência e ao preconceito. É preciso que sejam criadas políticas públicas que visem à redução da violência e à promoção da igualdade social. Além disso, é importante o envolvimento de toda a sociedade: pais, professores, assistentes sociais, conselheiros tutelares, policiais, médicos e defensores públicos na luta pela mudança daquelas práticas sociais que violam ou negam os direitos de ser mais humano.

Por fim, é importante destacar a valorização do diálogo e do respeito às diferenças como forma de promover a cultura de paz. É preciso que as pessoas aprendam a dialogar e a respeitar as opiniões divergentes. Somente assim será possível construir uma sociedade mais justa e pacífica.

Texto de Pai (ou responsável)
Maysa Santos de Oliveira

Resgatando valores

Temos visto que a humanidade está vivendo momentos terríveis. Infelizmente, fatores como a falta de diálogo, a falta de respeito e a perda de princípios – que outrora eram passados de pai para filhos – hoje vem resultando em atrocidades na sociedade como ataques violentos em espaços públicos, agressões contra mulheres e crianças, além de jovens que, em busca aceitação, acabam cometendo atos inaceitáveis induzidos por jogos online ou más influências através de redes sociais.

Eu acredito na mudança com o retorno da convivência familiar saudável. Coisas simples como se sentar no chão e brincar com o filho, ensinar que o “não” existe e que nem tudo que se deseja é possível de se realizar são ações que ajudam na formação da criança e do adolescente. Contudo, estamos criando jovens inseguros e com dificuldade em lidar com as perdas, uma vez que não foram ensinados que existe um Deus que nos ama e que pode nos ajudar a superar as adversidades da vida.

Infelizmente, nos dias atuais, o que temos visto é uma geração que acredita que ser feliz está apenas ligado ao “ter” e não no “ser”, buscando, desta forma, alcançar a felicidade a qualquer custo. Então, está na hora de virarmos a chave! É hora de dizer “não”. É hora de ensinar que o outro deve ser respeitado, que a perda faz parte da vida e que o amor a Deus deve estar acima de qualquer outra coisa.

Enfim, podemos sonhar com um futuro melhor, porém é necessário que a mudança comece agora através do empenho de cada pessoa, de cada família para com a educação de seus filhos e do governo, com o objetivo de garantir que as leis sejam cumpridas. Deus está no controle sempre, só nos é necessário resgatar a fé e voltar a acreditar.

Texto de relato de experiência
Professora relatora: Daniela Fernandes Chineider Troiano

A partir das diretrizes do edital, foram estabelecidas etapas para o processo criativo. Inicialmente, em reunião, estabelecemos os participantes, incluindo professores, estudantes e responsáveis, juntamente com suas respectivas atividades. Cabe ressaltar que esse tema foi trabalhado com os estudantes nas aulas dos componentes curriculares de Língua Portuguesa, Sociologia e Arte.

De modo geral, foi sugerido a pesquisa e leitura especialmente dos pacifistas Gandhi e Malala, além dos dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que integram a “Agenda 2030”, um pacto global assinado durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015, pelos 193 países membros.

Selecionamos três Objetivos, sendo eles: ODS 3 – Saúde e bem-estar, que tem por finalidade assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades; ODS 5 – Igualdade de gênero, que busca alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; e ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes, que visa promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.  É relevante destacar que os itens apresentados em cada uma das ODS são elementos desenvolvidos e incorporados no cotidiano do espaço escolar, buscando sempre a reflexão para práticas que possam tornar a sociedade mais justa e saudável.

É primordial salientar o fenômeno do Feminicídio – pauta sugerida para a produção textual e a composição estética prevista no edital do Londrina Pazeando -, que se refere ao assassinato de uma mulher resultante de violência doméstica ou discriminação de gênero. No Brasil, a Lei do Feminicídio foi sancionada em 2015.

O processo de criação e desenvolvimento do projeto foi de extrema relevância, uma vez que contou com a participação e interação da comunidade escolar, juntamente com os professores e alunos do Colégio Estadual Sagrada Família de Londrina, acerca de uma temática tão importante e atual.