Universidade Federal do Acre
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Texto de professor Universitário
Claudia Vanessa Bergamini
Nível de escolaridade: Doutorado em Letras
Londrinense, Professora Adjunto A da Universidade Federal do Acre
Link para o currículo http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K42

A professora participante é de Londrina, há dois anos reside em Rio Branco, Acre e atua como professora universitária no Cela – Centro de Educação, Letras e Artes no Curso de Letras. Ela já participou de outras edições do Londrina Pazeando, tanto como autora, quanto com alunos de escolas particulares (Colégios Londrinense e Universitário) e pública (José Carlos Pinotti) nas quais lecionou. 

“Em 2040, a Londrina que queremos é – LONDRINA CIDADE DA PAZ”
Como estou contribuindo para isto?

Daqui a 19 anos…

O ano de 2040 pode parecer distante de nós. Não é?
          Que nada!

O tempo escorre por nossas mãos e, em época na qual as pessoas têm uma vida atribulada, devido a compromissos que vão de trabalho ao lazer, o tempo tem se esvaído com maior rapidez. Piscamos os olhos e, de repente, já sei foi um dia, um mês, um ano, uma vida…

Nesse sentido, pensar como estaremos daqui a 19 anos não me parece uma tarefa longínqua. Pelo contrário, julgo estar bem diante de mim o que eu gostaria de encontrar na minha cidade, Londrina, da qual, por causa do trabalho, me apartei há pouco menos de dois anos.

Em 19 anos espero estar de volta à minha cidade, já aposentada, para aproveitar o que a vida ainda terá a me oferecer. Espero que eu encontre uma cidade tão linda quanto os meus olhos a veem hoje. Uma cidade bem cuidada, que ofereça conforto aos seus habitantes, abraçando-os, tal qual mãe abraça o filho.

No entanto, para encontrar essa cidade, eu penso que os jovens, sobretudo aqueles que vivem nas regiões periféricas, precisam ser muito antes abraçados por projetos com fins sociais e culturais. Acredito que esses projetos, quando bem desenvolvidos, auxiliam a ver a vida com olhos outros daqueles que, comumente, acabam por conduzir os jovens por caminhos tortuosos. Acredito que uma cidade melhor seria aquela em que armas fossem substituídas por livros, pois mãos que escrevem e seguram livros para ler não são as mãos que empunham armas, a não ser armas de palavras e de saber.

Sonho, e sonho ainda mais em ver esse sonho ser realidade, com uma Londrina em que idosos sejam respeitados, em que os índices de violência baixem a cada dia e aumentem a esperança, a fraternidade e a cordialidade em meio aos seus moradores.

Tenho consciência, porém, que toda essa vontade não pode se tornar real se depender apenas do trabalho da esfera política. Não! Somos uma cidade. E como tal, cada um tem um papel a pôr em prática nela. De tal forma, eu compreendo que a mim cabe o cuidado com a cidade. E esse cuidado é posto em prática com ações mínimas, mas significativas. Por exemplo, preocupar-me com a limpeza de meu espaço, preocupar-me com o cuidado com os locais públicos por que passo, sempre tendo em mente que a cidade pertence ao coletivo e, desse modo, todos por ela são responsáveis. 

Se todos colocarem como foco o cuidado, o agir com respeito e a preservação dos espaços públicos, a cidade se oferecerá melhor e, por conseguinte, um lugar muito mais gostoso de viver.