Colégio Estadual Sagrada Família
Diretora: Cristiane Severino da Silva

Professor coordenador dos trabalhos:
Sérgio Costa Takei

Membros da comissão julgadora:
Cleonice José de Souza
Geise Domingos Silva
Cristiane Severino da Silva

Desenho
Athena Rodrigues Ponce
Idade: 15 anos Série: 9º
Professor orientador: Sérgio Costa Takei

Texto
Maria Luzia de Brito Rangel
Idade: 15 anos Série: 1ª (Ensino Médio)
Professora orientadora: Priscila Vida da Costa

Cuidemos do que é nosso

Pergunte aos jovens de nossa cidade, ou a qualquer outro cidadão que seja, onde eles gostariam de estar morando agora. Não será surpresa que eles queiram morar fora em busca de melhor educação, salário ou até mesmo uma melhor condição de vida. Estamos perdendo mentes brilhantes, sonhadoras, e por vezes, tornando-os ‘‘máquinas sem sonhos’’, o que hoje ou futuramente se encontrará perdido ou será chamado de ‘‘sem futuro’’, quando poderia ter sido melhor orientado, e seu caminho ter sido diferente.

Londrina é uma cidade com grande potencial comparada a outras do Brasil, mas podemos melhorar, e eu sei disso! Onde é que o dinheiro de tantos impostos vai parar?

Hospitais públicos em condições precárias, locais esquecidos não só pelo governo, mas pela sociedade!

Vejo que muitos lugares de Londrina vêm ficando lindos, mas que todos esses ‘‘do outro lado da cidade’’, ‘‘do lado de cá’’ são esquecidos até pela própria população. O que é nosso, precisamos cuidar também. Como queremos parquinhos, campinhos de futebol para nossas crianças se em determinados casos somos nós mesmos que não cuidamos, e por vezes, nós mesmos quem os destruímos. Não estou falando apenas de parquinhos, ou de campinhos de futebol, mas que se queremos uma Londrina melhor, não basta só querer, mas é preciso fazer nossa parte como cidadãos, ou como futuros cidadãos que seja, como dizia o compositor Geraldo Vandré em uma de suas canções: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Dizem que “tudo depende de você”, eu digo que o primeiro passo vem de você.

Texto de Professor
Leonardo Antonio Silvano Ferreira

As ações do Grupo Ambientalista No Gerenciamento (e apoio) do Lixo (GANG do Lixo) do Colégio Sagrada Família

Atualmente, estamos vivenciando um contexto de retrocesso em relação à coleta seletiva e a conscientização ambiental em nosso país. Segundo reportagem do Jornal Nacional do dia 24/05, dos mais de 82 milhões de toneladas de lixo produzidos no Brasil por ano, só pouco mais de 2% são reciclados, sendo que a reciclagem, corresponde a um dos pontos prioritários do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), além do que, ‘Consumo e produção responsáveis’, estão entre os ‘Objetivos de Desenvolvimento Sustentável’ (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos é que em 2024, alcancemos a meta de 14% de reciclagem de todo o lixo produzido no país. Temos observado que em nossa escola, a região de onde se insere, e na cidade como um todo, esses dados se refletem, fazendo-se necessário (e urgente) a retomada da conscientização ambiental e da coleta seletiva, por todos. Além disso, precisamos orientar que todos os geradores residenciais (consumidores), comerciais e industriais são obrigados a separar os materiais recicláveis dos demais resíduos, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010. Devemos, com isso, ressaltar os pontos e dias (e horários) de coleta seletiva em nossa cidade, tornando-nos responsáveis e protagonistas desta ação ambiental.

Com vistas a contemplar as dimensões da ‘paz ambiental, social e interior’, estamos desenvolvendo um projeto piloto com o 9º ano do ensino fundamental de nosso Colégio, responsável por orientar a todos (nas casas, no bairro, na escola e em toda a cidade) sobre a importância da separação e coleta seletiva, trata-se do ‘Grupo Ambientalista No (apoio) e Gerenciamento do Lixo’ (GANG do Lixo). Este Grupo vem desenvolvendo ações diversas no Colégio (que passou a fazer a coleta seletiva) e no bairro, com objetivo de atender a este objetivo de desenvolvimento sustentável, em busca de construir, ‘coletivamente’, um melhor lugar para vivermos.

Texto de Pai (ou responsável)
Renata Sanita Sola
Mãe de Davi Sanita Sola – 7A

Em 2040, a Londrina que queremos é – “Londrina cidade da paz”. Como estou contribuindo para isso?

Sonhamos viver em paz na cidade onde desfrutaremos em segurança, sossego, praças bem cuidadas e rios limpos. Lugar é este como o grande lago Igapó, onde realizaremos um passeio agradável em família, exalando o perfume das flores, sem medo de deixar a criança correr e brincar. Idealizamos uma cidade organizada, livre dos problemas com enchentes e deslizamentos. Imaginamos as pessoas em suas casas, com comida gostosa e roupa quentinha no inverno. Oramos com fé, porém, não podemos deixar se levar somente pela utopia de algo que parece estar muito longe. Pois o sonho que desejamos para todos se inicia com cada um de nós individualmente semeando boas atitudes que transformam. Segundo a Epístola de Tiago no capítulo 3, verso 18 que diz: “Ora, a justiça é a colheita produzida por aqueles que semeiam a paz.

Uma construção de boas novas cheia de harmonia e propósitos para esta terra vermelha, onde a busca desta realidade não é somente para nós, mas para próxima geração. Por esse motivo, acreditamos que hoje nossas ações precisam refletir o nosso futuro. Educamos os filhos com a ideia de implantar uma cultura de paz e justiça.

Desde bem pequenos, buscamos ensiná-los: Que a roupa que não serve mais, precisa ser compartilhada, o brinquedo que está jogado no fundo da caixa, pode ser a alegria de outra criança, a pessoa que está em situação de rua, não pode ficar desamparada no frio. Este é o nosso desafio como família, mostrar aos jovens o amor ao próximo, o respeito aos bens do outro, e a importância de ser pacificador diante de um mundo que vive em guerras.

Atitudes corretas iniciam nos pequenos gestos. Boas sementes no coração dos filhos, servirão de colheita por onde passarem. Por acreditar e viver nesta perspectiva, as ações sociais e ajuda às pessoas em situação de rua, órfãos ou estrangeiros fazem parte da nossa rotina. Seja para fazer uma sopa, doando um agasalho, compartilhando brinquedos e outros. Desejar o bem e contribuir com a paz em nossa cidade, também se reflete em um dia de pic-nic, onde recolhemos o lixo e levamos para casa com o objetivo de separá-lo para reciclagem. Nosso exemplo é necessário, viver a prática da solidariedade produz ambientes tranquilos.

Sonhar com a paz da linda Londrina, exige trabalho e posicionamento hoje. No ano de 2040 pode ser que não estejamos mais aqui, contudo, deixaremos um legado e frutos do tempo oportuno. Certamente, as ruas e bairros não serão mais os mesmos, se ouvirão os cantos dos pássaros e encontros de pessoas felizes.

Texto de relato de experiência
Professor relator: Sérgio Costa Takei

Somos imensamente gratos pela oportunidade que nossos estudantes e professores tiveram de participar do Londrina Pazeando com sua proposta tão pertinente à realidade do nosso tempo. Demos início às atividades com a elaboração de um cronograma dividido em três fases, tendo como passo inicial a escolha de professores que apresentariam os ODS da ONU nas salas de aulas, e ainda propor reflexões e ideias de ações relativas ao tema.

Nosso professor de sociologia aproveitou a oportunidade para reforçar o lançamento de um projeto com o 9º ano já em andamento denominado GANG do Lixo (Grupo Ambientalista no Apoio e Gerenciamento do Lixo, que consiste entre outras coisas, em orientar a comunidade sobre a coleta seletiva. Concomitantemente, estimulamos os estudantes à produção de desenhos e textos, com as devidas orientações contempladas no regulamento do projeto.

Na fase dois, os professores de Língua Portuguesa e Arte acompanharam as produções, e escolhemos e convidamos o professor e a mãe de um de nossos alunos para produzirem um texto. A comissão julgadora fechou a terceira fase com a seleção das produções, buscando nas imagens e textos elementos que transmitiam tanto ideias como sensações vinculadas à paz física ou interior, além dos critérios técnicos previstos no regulamento.

Um momento significativo de todo esse processo ocorreu na aula de Arte, onde os estudantes passaram a citar as localidades da cidade que conheciam, comentando o significado desses lugares para a identidade do povo londrinense, a importância da boa utilização dos espaços públicos, a preservação dos ambientes físicos e o papel da cidadania na sociedade. Foram pequenas oportunidades criadas para projetar a atenção naquilo que desejamos para o engrandecimento da cidade e da população de Londrina.