Jornalistas, pesquisadores e professores, de diferentes áreas, vão falar sobre as interferências das notícias falsas e deturpadas na sociedade brasileira atual

O assunto é polêmico e vem ganhando espaço desde as eleições de 2018. Com o tema “Fake News e a (in)versão dos fatos”, o 12º Fórum Estadual de Educação Para Paz, o Mídia de Paz, reunirá na terça-feira (24.9), no campus da UEL, jornalistas, professores e estudantes universitários para tratarem de projetos, pesquisas e propostas que buscam combater a disseminação de notícias falsas nas mais diversas plataformas midiáticas.

O evento será na sala 683 – Auditório do CECA (Centro de Educação, Comunicação e Artes), da UEL, a partir das 19h30, e terá como palestrantes três profissionais: o professor de Ciências da Computação, Dr. Sylvio Barbon Junior, o advogado e também professor, Dr. Renato Lima Barbosa, e a jornalista e consultora Erika Zanon. A coordenação será mais uma vez do professor Dr. Emerson Dias, do curso de Jornalismo da UEL.

FOTO agência UEL de notícias: Os estudantes Hugo Queiroz Abonizio e Janaina Ignácio de Morais, e o professor Sylvio Barbon Júnior: quase três meses para montar a própria base, com textos em português

Barbon Jr. vai apresentar duas pesquisas orientadas por ele no mestrado em Ciência da Computação da UEL envolvendo um projeto de inteligência computacional que consegue diferenciar notícias legítimas das falsas ou irônicas. A partir de um banco de dados com cerca de 10 mil notícias em português, espanhol e inglês, a equipe do pesquisador conseguiu 85% de identificações corretas. Já em relação aos textos especificamente em português, os acertos atingiram 94%.

Advogado, professor e atual vice-presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), Lima Barbosa vai falar sobre as experiências com informações deturpadas, o embate de versões envolvendo o governante e o funcionalismo público e ainda sobre a desconstrução da Educação Pública a partir de projetos de lei estaduais e federal.

Já o ambiente polarizado e intolerante que a sociedade brasileira atual vivência, assim como divergência pessoais e profissionais cada vez mais acirradas, são tema da jornalista Erika Zanon, desenvolvedora dos princípios da Comunicação Não-Violenta (CNV) como caminho para a conexão entre pessoas e a solução de conflitos.

Realizado há 12 anos em Londrina, o Fórum anual tem como objetivo discutir a mídia a partir de várias perspectivas, na busca de soluções pacificadoras. O grupo “Mídia de Paz” surgiu dentro do Movimento Pela Paz e Não Violência, hoje capitaneado pelo COMPAZ e pela ONG Londrina Pazeando. Historicamente, o projeto envolve instituições universitárias e profissionais da mídia. Entre os temas já discutidos estão “Programas Policiais e uma imprensa mais responsável”; “A Contribuição da imprensa na construção do Mundo Sustentável”; “Violência e Entretenimento na Mídia: Vídeos Games Violentos”; “Mídia Infância e Periferia”. No ano passado, o tema foi “Mídia e Gestão Pública”.

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Serviço: 12° Fórum Estadual de Educação Para a Paz- Contribuição da Mídia para uma Cultura de Paz. Tema: “Fake News e a (in)versão dos Fatos”

Dia, hora e local: 24 de setembro, 19h30, na sala de eventos 683 – CECA/UEL.

Entrada gratuita. Evento aberto à toda comunidade.

Assessoria de Imprensa – Alea

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