O currículo oculto que educa para violência na era da IA
O currículo oculto que educa para violência na era da Inteligência Artificial
Heróis guerreiros, heróis pacifistas, heróis ocultos, heróis lúdicos e violentos.
Qual destes AVATARES você quer usar no seu perfil nas Redes Sociais e na sua Vida Virtual?
Nossa humanidade, ao logo de milênio de história, construiu em nosso Planeta Terra uma “Cultura de Violência” e uma linguagem bélica que se perpetua no processo civilizatório e no momento tecnológico dos dias atuais. Esta cultura é difundida, por inúmeras instâncias da sociedade: os meios de comunicação, a escola, a família, as instituições religiosas, os partidos políticos, os clubes, os sindicatos, redes sociais, e imagens geradas por IA.
Existe “um currículo oculto” que educa para violência. Sempre fizemos guerras e homenageamos os “heróis guerreiros”, fazemos estátuas deles, colocamos nomes em ruas e praças, criamos personagens guerreiros para histórias infantis, desenhos animados, games, camisetas, e assim passamos de pai para filho o paradigma da guerra, e de que os conflitos só podem ser resolvidos através das “guerras libertadoras” onde excluímos os opressores.
Nossas cantigas de rodas estão repletas de letras que justificam essa violência – escravos de jó jogavam caxangá…tira põe e deixar ficar, guerreiros com guerreiros fazem zig, zig zá, ou marcha soldado cabeça de papel quem não marchar direito vai prezo no quartel; nana nenê que a cuca (o mostro) vem pegar, papai foi na roça e mamãe no canavia, “bem-vindo ao mundo violento” filho! Assim com o leite materno vamos alimentando esta cultura milenar. Crescendo um pouco, temos o pica-pau, tom e jerry, entre tantos outros, mais “modernos”, sempre resolvendo seus conflitos com armas e muita munição.
De acordo com o estudo do SIPRI (Instituto de Pesquisa para Paz de Estocolmo – SIPRI, na sigla em inglês), em 22 de abril de 2024 os gastos militares de todo o mundo subiram para cerca de US$ 2,443 Trilhões de Dólares, ou seja 6,8% em relação ao ano anterior. Nunca diminui só cresce. Lideraram os gastos Estados Unidos, China e Rússia.
Porque então, ao invés de incentivarmos nossas crianças a brincarem com armas de fogo (de plástico) nós adultos não as convidam para brincarem de salvar o planeta, “tipo” ESG? E fazemos isto há onze anos em Londrina. Temos a Lei/Campanha Municipal 9.188 e o Municipio dá um SELO para Loja que participa da Campanha.
Vamos brincar de buscar a sustentabilidade e ajudar a diminuir o aquecimento global. Precisamos de “novos heróis”, mais inteligentes, menos violentos, mais inovadores nas ações. Não conseguiremos sustentabilidade com armas. Nossos inimigos são nossos hábitos atuais de consumo. Não protegeremos nossa civilização investindo na indústria bélica e guerras.
O jornalista André Trigueiro em visita (2011) a Londrina, afirmou em seu programa semanal Mundo Sustentável: “Londrina tangibilizou a paz. Não há mundo sustentável sem Paz.”
http://comitepaz.org.br/londrina-tangibilizou-a-paz-nao-ha-mundo-sustentavel-sem-paz-afirma-andre-trigueiro/
O Movimento pela Paz e não-violência Londrina Pazeando (2000), e o COMPAZ Conselho Municipal de Cultura de Paz (2008), empenhados em Educar para Paz, e não cooperar com a violência, tem no seu Estatuto Social no Artigo 5, item III – Constitui-se um movimento amplo a favor da Paz. Não é um movimento de combate à violência, mas tem como princípio básico o conceito de Mahatma Gandhi que propunha e vivenciava a Não-Violência Ativa e no item IV – Estudo dos Pacifistas, seres humanos que propuseram e vivenciaram a Não-Violência Ativa em sua conduta pacífica em favor da Construção de uma Cultura de Paz.
Assim, entre várias estratégias, agendas positivas e ações permanentes, foi lançado o projeto (2022) AVATARES Pacifistas, os Heróis Pacifistas com a proposta de fazer um contraponto com os heróis guerreiros das histórias das guerras, e os heróis guerreiros lúdicos e violentos como por exemplo Homem de Ferro, Hulk, Capitão América, Deus Thor e a Capitã Marvel, bem moderno, uma mulher guerreira entre tantos outros, que utilizamos para perpetuar a Cultura da Violência. https://londrinapazeando.org.br/avatares/
O MasterPlan 2040 é o Planejamento Estratégico de Londrina. Apresentou 79 Projetos Estratégicos Detalhados, o projeto nominado 49, já em curso é o:
“Londrina Cidade Educadora para a Cultura de Paz.”
Um novo currículo, não oculto, mas transparente e pactuado, que Eduque para a Cultura de Paz.Nós acreditamos que todos os Projetos Estratégicos do MasterPlan, devem ter em mente a necessidade de se Educar para Cultura de Paz e também estar alinhado com os ODS, o Pacto Global/2030 para Sustentabilidade do Planeta, e as Estratégias ESG.Desejamos que Londrina seja uma Smart City – uma Cidade Inteligente e que a I.A. Inteligência Artificial nos ajude a revelar este “currículo oculto” milenar, que tem educado a humanidade, e perpetuando a cultura da violência de gerações em gerações.
Agora no período eleitoral para escolha do prefeito (a) municipal, as Governança de Eco Sistema de Inovação, as Instituições, a Sociedade Civil Organizada, o Pazeando e o COMPAZ, levaram aos candidatos o “Norte para o Futuro de Londrina – uma Luz no Alto”, que aponta um caminho inteligente para Cidade, o caminho que nós, cidadãos queremos para a nossa Cidade, e que o governo municipal eleito por nós, tenha esta premissa em seu “plano de governo”. E ainda o compromisso constante das atualizações que qualquer plano estratégico de longo prazo necessita sofrer para se manter atualizado perante as mudanças constantes do tempo e ambiente. https://www.2040.londrina.pr.gov.br/
Ainda, dentro do período eleitoral, realizamos na abertura oficial da 24° Semana Municipal da Paz em 23/setembro/24 no espaço AML Cultural – Associação Médica de Londrina, Rua Maestro Egídio Camargo do Amaral, 130 em frente à Concha Acústica, evento onde convidamos os candidatos(as) o prefeitos(as). Foram palestras expositiva para eles.
- A importância do MasterPlan 2040 – a visão de futuro sendo construída hoje !
– Núcleo de Desenvolvimento Empresarial de Londrina com o executivo do Masterplan, Diego Menão e Liz Rodrigues da Governança da Prefeitura de Londrina - Dos 79 projetos estratégicos detalhados, será apresentado o: “Londrina Cidade Educadora para a Cultura de Paz.“
– COMPAZ: -Presidente Maria Aparecida Prandini Pereira, -Secretario Luis Galhardi e – Vice Presidente Carla Cordeiro (e também é Gestora da Secretaria Municipal de Educação do Programa VIDA)
Está disponível no You Tube https://youtu.be/TteffSRw7Zc?t=13
Fizemos questão de trazer e destacar este trecho de um artigo que a servidora pública municipal Liz Rodrigues, escreveu para Folha de Londrina – Espaço Aberto 08/outubro/2024 (aqui abaixo).
Ela cita o artigo da “Middle Management Is the Key to Sustainalility” Publicado na edição de dezembro 2023 da Harvard Business Review, no qual é destacado o papel dos “heróis ocultos” da média gestão como elementos chaves para sustentabilidade.
FONTE: Folha de Londrina – Espaço Aberto 08/outubro/2024
https://www.folhadelondrina.com.br/opiniao/governanca-publica–um-importante-pilar-na-gestao-municipal-3265572e.html?d=1
Governança Pública – um importante pilar na Gestão Municipal
Aproveitando a temática do texto do Sr Adelar Motter, publicado no Espaço Aberto em 02/10/2024, é oportuno trazer informações na visão de uma servidora do Poder Executivo Municipal.
Seguindo tendências internacionais e em alinhamento com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que fomenta o desenvolvimento social, o crescimento econômico e promove a boa governança, Londrina tem avançado na implementação da Política de Governança Pública e Compliance na Prefeitura, instituída pela Lei Municipal n. 13.310/2021.
Como primeiro passo dessa prática, foram estabelecidos Comitês Internos de Governança em todas as secretarias, autarquias, fundação e empresas públicas da Administração Municipal. Os comitês são compostos, além dos titulares das pastas, por servidores públicos efetivos, a fim de garantir o compromisso e continuidade dos trabalhos. Essa escolha foi assertiva, uma vez que o engajamento dos técnicos tem feito a diferença nos resultados já evidenciados. Um exemplo disso é a elaboração de Planejamento Estratégico para cada órgão e entidade municipal.
Com as trocas de informações e experiências entre os membros dos Comitês Internos, e a participação representativa em grupos de discussão da Sociedade Civil Organizada, a Política de Governança utiliza-se do Masterplan como o norteador das ações, sendo que está em andamento a elaboração do Planejamento Estratégico 2025 com total alinhamento ao plano máster.
Em complementação, e também com foco nas iniciativas internacionais de gestão e sustentabilidade, são trabalhados na Política de Governança os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, para que sejam incorporados aos projetos e programas em andamento nas secretarias e entidades municipais, e assim se eleve o posicionamento de Londrina em rankings de desempenho. O resultado disso, além de uma governança sustentável, é o acesso a mais oportunidades de investimentos nacionais e internacionais.
Ainda compõe a Política de Governança a promoção da transparência, ética e integridade, em parceria com outros órgãos municipais, como a Controladoria Geral.
A condução e execução dos trabalhos tem se fortalecido devido ao alto grau de competência das equipes envolvidas, que são servidores atuando como agentes de mudança. As lideranças políticas que compõem a Alta Administração dão o importante tom no topo, direcionando as adequações e atualizações constantes dos planos – o que é positivo, já que o plano não pode e nem deve ser engessado, precisa estar em constante movimento e alinhado com os cenários atualizados, bem como com as diretrizes do líder máximo do município, o Chefe do Executivo.
No entanto, é a média gestão, formada por técnicos em posições de assessoria, diretoria, gerência ou liderança de operações, que é guardiã e principal condutora da execução dos planos. Em cooperação com a Alta Administração, são funcionários que servem ao Município com suas habilidades, competências e atitudes que colocam em prática seus conhecimentos, acompanham, registram, monitoram e prestam contas dos resultados das ações. Essa postura se alinha com o artigo: “Middle Management Is the Key to Sustainability”, publicado na edição de Dezembro de 2023 da Harvard Business Review, no qual é destacado o papel dos “heróis ocultos” da média gestão como elementos chaves para a sustentabilidade.
O servir consiste em cooperar, buscar os melhores resultados, atender demandas com eficiência e economicidade pelo bem comum. Para isso, é preciso união e colaboração de equipes multissetoriais, pois não se alcança grandes feitos de maneira individual. A Política de Governança é perene, não é um projeto que tem começo, meio e fim. É um conjunto de ações contínuas, em constante atualização, e que se manifesta na cultura de gestão desde as pequenas tarefas até as ações de grande impacto. Assim, os resultados vão refletindo, gradativamente, na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos.
Liz Dayane Paludetto Rodrigues, MBA
Servidora Pública Municipal
Diretora de Governança e Relações Internacionais
Membro do Conselho Consultivo da Harvard Business Review