Augusto de Franco, democracia, política como a arte da paz e o pazeamento das relações.

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Em 2007 Agusto de Franco no seu blog entrega ao Domínio Público excertos do seu livro “Alfabetização Democrática”. Curitiba: FIEP Federação das Indústrias de Paraná / Rede de Participação Política do Empresariado, 2007. O livro em papel, com 376 páginas, foi editado como material de apoio ao curso online, “Democracia, Redes Sociais e Sustentabilidade” que está sendo ofertado no momento (maio de 2008) a centenas de alunos. No CAPÍTULO G | PAZ diz que a democracia é um modo pazeante de regulação de conflitos. Para se aprofundar no que o autor quer dizer com isto vale a pena ler este Capítulo G sobre a Paz no blog www.alfademo.blogspot.com/
Mas aqui um pequeno trecho do Capítulo sobre a Paz
… Isso posto, é claro que a política deveria ser a “arte da paz”, em um sentido, porém, mais profundo do que simplesmente aquele de evitar o desfecho violento dos conflitos. A “arte da paz” deveria ser entendida como uma espécie de “pazeamento” das relações, quer dizer, não apenas evitar a violência física, mas também outras formas de violência ou de constituição de inimizades que atentam contra o espírito comunitário (enfraquecendo a comunidade política), tais como: o clima adversarial e a disputa permanente; a luta incessante (que deriva indevidamente, da política como modo de regulação de conflitos, uma espécie de …
Em 19 agosto de 2008 no site do Londrina Pazeando – Movimento Pela Paz e Não-Violência é publicado um texto com seguinte título “Modo Pazeante na visão de Augusto de Franco”.
https://www.siteantigolondrinapazeando.org.br/index.php/artigos/454
O Fórum Desenvolve Londrina publica estudos anuais com temáticas baseadas nos indicadores de desenvolvimentos de Londrina.
https://www.forumdesenvolvelondrina.org.br/estudos

Visita em 2013 de Luis Claudio Galhardi e Ben Warner presidente da JCCI Jacksonville Community Council, Inc. (o fórum de Jacksonville – Flórida – USA)
Veja mais sobre a história do Fórum Desenvolve Londrina, por Ary Sudan
https://www.forumdesenvolvelondrina.org.br/artigos
Londrina Pazeando participa do Fórum Desenvolve Londrina há 18 anos (desde 2007)
Em 2010 o Fórum Desenvolve Londrina Publica o Estudo Terceiro Setor – A participação da sociedade organizada na formulação, implementação e acompanhamento de políticas públicas.
Baixar PDF do Estudo
https://drive.google.com/file/d/1Ph0GhN4HAMiHyB-IcBS6eciqO84GCpgV/view?usp=sharing

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No prefácio do Caderno de Estudos, escrito por Augusto de Franco, ele faz menção aos movimentos pela paz, empreendedorismo cívico e as redes pela educação empreendedora :
… Gostaria de chamar a atenção, entretanto, para as principais soluções relacionadas à pesquisa sobre o terceiro setor londrinense, contidas em um capítulo do presente trabalho. São quatorze itens, que vão desde a participação da sociedade, passando pelas redes sociais e pela educação empreendedora, até ao associativismo e aos movimentos pela paz. Em especial quero destacar o ponto relativo às redes sociais: “investir no capital social local, apoiando o empreendedorismo cívico e a disseminação das iniciativas que fortaleçam as redes sociais”. Na minha opinião já bastaria essa diretiva para justificar o esforço empreendido pelo Fórum. Se fizermos apenas isso, coisas extraordinárias vão começar a acontecer. Uma nova concepção de desenvolvimento – compatível com uma nova democracia, na base da sociedade e no cotidiano do cidadão – vai se materializar quando começarmos a apostar nas redes comunitárias de interação cidadã…
A organização do terceiro setor Londrina Pazeando, neste momento estava com dez anos de atuação na cidade, e contribui com o estudo. Três tópicos são inseridos pelos organizadores do caderno, em um item específico “movimento pela paz”
14. Movimento Pela Paz (página 17)
– Promover a cultura de paz, de forma a estar presente permanentemente nas instituições de ensino em todos os níveis.
– Incentivar as entidades sociais e empresariais de Londrina para apoiarem o movimento de cultura de paz.
– Envolver grandes patrocinadores nos movimentos pela paz para deixarem de investir nos veículos de comunicação que privilegiam as notícias de violência, incentivando a mídia a divulgar ações de cultura de paz e ações solidárias de interesse coletivo.
Em 10/dezembro/2021 no MasterPlan 2040, o Planejamento Estratégico de Londrina, foram levantados 79 projetos estratégicos detalhados, o projeto 49, já em curso é o “Londrina Cidade Educadora para a Cultura de Paz.”
https://londrinapazeando.org.br/masterplan-londrina-cidade-educadora-para-a-cultura-de-paz/
De 2000 até 2025 foram criadas na Cidade de Londrina vinte Leis que criam um “Marco Regulatório” construindo um ambiente Municipal viabilizando condições para sermos uma Cidade Educadora para a Cultura de Paz https://londrinapazeando.org.br/leis/
Em 2025 foi criado mais uma frente no Projeto de Londrina Educadora para Cultura de Paz, o Selo (reconhecimento) Londrina Pazeando – Empresa (e ou Instituição) Embaixadora da Cultura de Paz https://londrinapazeando.org.br/embaixadora-da-cultura-de-paz/

Breve histórico de participação do Londrina Pazeando no 3° Setor da Cidade, 25 anos somando.
Desde 2003 o fundador do Londrina Pazeando Luis Claudio Galhardi iniciou sua participação no movimento do terceiro setor quando assumiu a coordenação do Londrina Mil ONGs, uma iniciativa do Governo Municipal do então Prefeito Nedson Luiz Micheleti. Quando na CODEL, Luis Galhardi criou a AGENDA 17, que não tem relação com os ODS instituídos em 2016, mais porque era realizado todas as quintas feiras as 17 horas na CODEL. Estudiosos, Professores, Gestores de ONGs, se reuniam para trocar informações e fazer contatos iniciando uma Rede na Cidade Ligada aos participantes do terceiro setor. Um livro foi publicado como este nome AGENDA 17 – Um caminho para o desenvolvimento das organizações de Terceiro Setor organizado pela Tatiana Jordao Maia Cangussu.

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De 2004 em diante o Movimento Nós Podemos Paraná protagonizado pelo SESI/FIEP fez grandes mobilizações com Empresas, ONGs, Governos (Municipais/Estaduais) organizando os Círculos de Diálogos Apreciativos (Metodologia da I.A. Investigação Apreciativa – Case Western Reserve University) visando interação e integração entre os três setores: Primeiro Setor, Segundo Setor e o Terceiro Setor em torno de uma Agenda Global de Desenvolvimento Sustentável, os ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ONU

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SITE DO NÓS PODEMOS LONDRINA
https://www.nospodemoslondrina.org.br
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Em 2010 ganha tração em Londrina o movimento ligado a RPC/ GRPCOM no Programa Impulso (2001) e a Rede do 3° Setor passou a se reunir na RPC e se estruturar enquanto grupo/rede. Deste Movimento foi criado/iniciado a Nota Faz o Bem visando a arrecadação de notas fiscais do Programa Nota Paraná.
Em 2020 foi a próxima fase com a mudança de Rede do Terceiro Setor para a ACIL que passou a se organizar como Núcleo Rede do 3° Setor do Programa Empreender da ACIL (2020 – 2024) e em fevereiro de 2025 chegamos à Governança do 3° Setor de Londrina, sendo que o Nucleo ainda permanece como membro da Governança.
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Em 2016 com 10 anos o Fórum Desenvolve Londrina Publica o Estudo Caminhos para o Desenvolvimento – Uma década de empreendedorismo cívico
https://drive.google.com/file/d/19Gv936v0OgYUHK7nkTL575l9bkRQPpCj/view?usp=sharing
Neste Caderno o Fórum faz uma revisão do caderno de 2010 sobre o terceiro setor
1- Organizações da Sociedade Civil – OSCs – Profissionalizar a gestão por meio de programas de formação de gestores e comunicar à sociedade de forma transparente;
2- Governo – Fornecer dados consolidados em relatório anual de transparência de forma compreensível ao cidadão;
3- Empresas – Ampliar o Investimento Social Privado voltado diretamente às ações das OSCs;
4. Sociedade/ indivíduos – Incentivar a doação de IR para o Fundo da Criança e Adolescente;
5- Instituições de Ensino Superior – IES – Produzir estudos e pesquisas sobre Terceiro Setor e disseminar o conhecimento gerado à sociedade.

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Pazear é um verbo que transforma a paz em ação, construindo um futuro sustentável e pacífico.
Significado de Pazear – verbo transitivo direto: Estabelecer paz ou harmonia: Pazear os Espíritos. eu pazeio, tu pazeias, ele pazeia, nós pazeamos, vós pazeais, eles pazeiam
Curso Virtual Aprender a Educar para a Paz
https://londrinapazeando.org.br/curso-virtual-aprender-a-educar-para-a-paz/

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Três aspectos parecem constituir a identidade do educador para a paz. Em primeiro lugar, um educador para a paz é aquele que age metodologicamente numa unidade meios/fins, privilegiando o vivido sobre o enunciado. A pedagoga argentina Alicia Fernandez, em seu livro “A inteligência aprisionada”, traz o testemunho de uma estudante que denuncia sua professora dizer gritando que ela não deve gritar, negando na prática aquilo que é afirmado no discurso. O pacifista norte-americano Abraham Muste insistia em afirmar que “não existe caminhos para a paz, a paz é o caminho”, retomando a convicção gandhiana de que os meios são embriões dos fins e os fins estão embutindo nos meios.
Em segundo lugar, um educador para a paz é aquele anima/organiza/incentiva círculo de cultura de paz, agindo comunitariamente. Ele sabe que a paz é mais do que a soma de indivíduos em paz: que um indivíduo em paz mais outro indivíduo em paz não nos fornece uma comunidade em paz. E que, por essa razão, é necessário trabalhar comunitariamente. Nenhuma pessoa, atividade, ou nível da sociedade é capaz de planejar e transmitir a paz por si só. Tudo está vinculado, tudo se afeta mutuamente. A construção da paz apoia e fortalece as relações interdependentes necessárias para as mudanças desejadas.
Não-violência: estratégia de mudança e estilo de vida
Embora muitas vezes a frase seja atribuída a Gandhi, foi o pastor americano A. J. Muste (1885-1967), um dos grandes líderes do pacifismo do século XX, quem afirmou certa vez: “Não existe caminho para a paz: a paz é o caminho”. Esta afirmação, frequentemente repetida por aqueles que se engajam na luta pela paz, bem expressa um aspecto metodológico central: a relação que deve existir entre meios e fins em toda e qualquer atividade pacifista. Isto é, os meios são embriões dos fins, como Gandhi costumava repetir, ou os fins estão embutidos nos meios. Dessa forma, os únicos meios eficazes e autênticos para a construção da paz são aqueles que, por si só, sejam sinais de paz. Entre esses meios, destaca-se como um universo o da não-violência.
Para entender o termo não-violência é necessário considerar a vida e o pensamento de Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948). Ele desenvolveu a concepção da não-violência em três momentos principais: a) na África do Sul, onde atuou como advogado, desde 1893, em defesa dos direitos da minoria indiana com direitos civis extremamente limitados; b) na Índia, a partir de 1915, trabalhando em defesa dos intocáveis, a maioria pobre, discriminada e considerada impura; c) e, a partir de 1919, na luta pela independência da Índia da dominação do Império Britânico.
Nesses contextos, Gandhi concentrou em dois conceitos-chave seu método não-violento: ahimsa e satyagraha. A ahimsa é a recusa de toda violência. “A não violência é o meu primeiro artigo de fé, é também o último artigo do meu credo”, dizia ele. Gandhi recusava-se a acreditar que fosse necessário recorrer à violência para combater a violência, por entender que o efeito produzido corria o risco de ser contrário àquilo que se pretendia, alongando e reforçando a cadeia de violência. Responder à violência pela violência é submeter-se à lógica da violência e reforçar o seu poder sobre a realidade. A única maneira de resistir é, pois, destruir a sua lógica começando por abster-se de reforçá-la. Por isso, dizia: “A não-violência é a completa ausência de mal querer para com tudo o que vive. A não-violência, sob a sua forma ativa, é boa vontade para com tudo o que vive. Ela é amor perfeito”.
Renunciando à violência, Gandhi coloca outra força em seu lugar: a satyagraha. Explica ele: “Satya (verdade) implica o amor e agraha (firmeza) serve de sinônimo de força. Comecei, assim, a denominar o movimento indiano de satyagraha e por ele entendia a força que nasce da verdade e do amor (…) O seu significado fundamental é a adesão à verdade e, por conseguinte, a força da verdade. Chamei-lhe igualmente força do amor ou força da alma”. Por isso, a não-violência proposta por Gandhi é chamada também de não-violência ativa ou de firmeza permanente. Quem não usa a violência não é necessariamente um não-violento: para sê-lo é preciso buscar a justiça através da verdade.
AQUI só 2 Slides de uma apresentação da Governança do 3° setor realizada pela Grupo de Trabalho 2 e 5 em 20/junho/2025

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